quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Arthur Schopenhauer – O mundo como Vontade e como Representação – Introdução


Primeiramente preciso pedir desculpas pela longa ausência, não foi por falta de inspiração e sim, devido aos estudos de fim de semestre.
Para não perder o tema recorrente desta epoca do ano segue o link do artigo publicado em 2009: Feliz Ano Velho - http://ligadavirtude.blogspot.com/2009/12/feliz-ano-velho.html

Introdução

Comecei a leitura de um livro intrigante, cheio de mistérios e que não se assemelha a uma obra filosófica clássica, pois não invoca a razão para explicar o comportamento humano e nem tira dela a solução para seus problemas. Na verdade o livro é bem o oposto disto, ele procura confrontar o homem a sua tragédia de forma bem simples de compreender e tirando da razão sua causa ou solução.
Nietzsche foi um discípulo de Arthur, suas ideias são a demonstração da continuação e influencia dos argumentos contidos nesta obra. Dizem que quando Nietzsche comprou este livro teve sua vida mudada para sempre, que o livro tinha sido escrito para ele e sua confiança naquela forma de pensamento completa.
Hoje quando analisamos as duas obras, percebemos que Nietzsche fugiu um pouco do pensamento de Arthur e que criou uma forma do homem fugir de sua tragédia (morte), criando o Super-homem. Para muitos este foi o grande equivoco de sua obra. Temos bastantes textos de Nietzsche no blog para os mais curiosos, com isto, vamos voltar para Schopenhauer.
Antes de desbravar o livro devemos introduzir o leitor aos pensamentos do autor, desta forma vale informar que Schopenhauer foi um critico ferrenho a razão de Kant, para ele a razão não mais define o homem como substancia pensante e desta forma desmascara-se o nosso narcisismo racional. Não adianta tentar explicar e superar a existência humana pela razão, pois não há razão no final, o custo de tudo é somente um, o fim não compensa os esforços, a bancarrota é certa, a morte inevitável.
“Toda a vida é sofrimento”. A existência humana é baseada na velocidade que satisfazemos nossos desejos e eles não terminam nunca, a angústia desta busca causa sofrimento e tédio ao homem.
Como já havíamos estudado em Nietzsche, o querer é mais importante que o ser, agora percebe-se que esta ideia era de Arthur e que a vontade cria os desejos e própria necessidade de viver. No entanto o otimismo não é mesmo um predicado do autor, a existência do ser humano é essencialmente sofredora, seu único balsamo de felicidade somente pode ser encontrada na estética da natureza e na arte.
Um importante ponto que se deve notar no transcorrer dos argumentos do autor é sua desmitificação da razão. A razão não precede a existência das coisas como também não pode explica-las, por uma simples razão: o mundo é apenas uma representação da vontade do sujeito. Nossa interpretação do mundo é feita pelos sentidos e com isto nossa razão jamais será capaz de conter qualquer verdade.
O autor começa sua obra, em seu primeiro livro, O Mundo como Representação, expondo literalmente a ideia contida nela: “... Verdade alguma é, portanto mais certa, mais independente de todas as outras e menos necessitada de uma prova do que esta: o que existe para o conhecimento, portanto o mundo inteiro, é tão somente objeto em relação ao sujeito, intuição de quem intui, numa palavra, representação.”
Portanto leitor prepare-se para esta nova explicação do mundo, aquela na qual a vontade cria o ser e o mundo torna-se elemento desta vontade.
... continua nas próximas publicações.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Educação como um mal a individualidade humana

Devemos sempre ter uma posição critica sobre as coisas que ouvimos e que nos são transmitidas pela sociedade, pelos amigos e familiares e pela mídia em geral, ou seja, por algo externo a nós. Somos aquilo que percebemos do mundo, portanto grande parte do nosso “eu” nos é transferido pela nossa cultura. Precisamos ter nossa visão crítica das coisas que vem de fora a nossa consciência para que, ai sim, tenhamos um visão individual, se possível, dos diversos assuntos e questões que vivenciamos. Este é a principal proposito do blog.
Para isto proponho, agora, criticar e debater algo que ninguém questiona: a educação. Vamos analisar os aspectos que podem transformar esta palavra tão benigna em maligna, dependendo do ponto de vista. Este processo de analise mais profunda das coisas e das ideias chamamos de filosofia, e, portanto, neste caso, iremos avaliar a Filosofia da Educação.
O que é educar? Vamos à definição descrita na Wikipédia: “É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes”.
A Educação é a palavra mais utilizada atualmente para descrever o progresso humano e sua aplicabilidade é a principal causa de desenvolvimento econômico e social em qualquer parte do globo que a busque e que tenha sucesso em sua disseminação na sociedade. Não se pode excluir sua efetividade na produção de riqueza de uma comunidade, nação e sociedade. Isto acontece porque quando educamos a população, incluímos estes nos meios produtivos e transformamos aquele cidadão em alguém capaz de produzir e consumir riqueza.
Dito isto como podemos atacar a educação e ainda, de acordo com o proposto na introdução, enxergar algo de maligno nela.
Educar é socializar, é manter e perpetuar os modos culturais vigentes, é transformar o indivíduo em alguém ajustado à determinada sociedade. Quando o sistema educa alguém ele transforma o “eu”, o interior, a consciência e o inconsciente de cada cidadão, injetando-o cultura e moldando a forma e a maneira que enxergar-se o mundo. Educar é moldar culturalmente.
Quando educamos os índios, destruímos sua cultura, transformamos aqueles indivíduos em pessoas capazes de viver socialmente conosco, assim moldamos eles a nossa cultura e os dominamos na sua formar de pensar. Pensamos de acordo com a linguagem adquirida em nosso processo educacional, processamos as informações da maneira como fomos educados. Temos diversos exemplos, a forma de pensar numa sociedade asiática não é a mesma forma de uma mulçumana, e bem diferente dos países colonizados pela religião cristã.
O ponto fundamental nesta discussão é a perda da individualidade quando educamos em massa determinado grupo ou nação. Ganhamos em produção de riqueza nas perdemos a genialidade individual, a criatividade e a produção de ideias. Onde estão as teorias brilhantes produzidas no iluminismo? Onde estão os maravilhosos filósofos do século XIX? Criamos uma sociedade de iguais, de meros produtos de consumo, a preocupação de todos os governos mundiais é apenas nos transformar em máquinas de riqueza. Onde ficou a busca da individualidade humana? Onde ficou a busca da felicidade das pessoas?
Já discutirmos anteriormente aqui no blog sobre os aspectos da felicidade humana e num destes textos afirmamos que as sociedades antigas tinham maior grau de vida ociosa e portanto as pessoas tinham mais tempo para a convivência social e individual. O trabalho em excesso, nos afasta de nós mesmo. Enquanto nossos antepassados só trabalhavam quando tinham fome, hoje passamos a maior parte de nossas vidas trabalhando para acumular coisas que não precisamos, bens desnecessários que tornam-se imprescindíveis após determinada obra de marketing. Mas este não é o ponto deste texto, voltemos a ele.
Educar é moldar o pensamento individual em pensamento coletivo, é nos afastar de nós mesmos. Não estudamos o que queremos, somos obrigados a seguir determinado conteúdo, em geral, matérias especificas de domínio cultural e religioso também. O aspecto religioso não pode ser desprezado. A religião nos molda assim como a educação, pensamos todos de mesma forma, nos tornamos peças de fácil manipulação cultural. Nosso processo educacional é totalmente controlado pelo estado e dependendo de sua ideologia, balançamos de um lado para o outro como marionetes. Não escolhemos o que estudamos, recebemos um pacote completo e pior, feito para nos moldar ao sistema vigente. Não somos mais seres pensantes, somos máquinas programadas para produzir riqueza.
Realmente não sei qual o caminho a seguir, acho que as ciências exatas tem um grau baixíssimo de dominação, enquanto nas ciências humanas este índice é altíssimo. Devemos é observar a forma como somos educados e evangelizados, pois não podemos perder nossa individualidade. A humanidade sempre mostrou alto grau de criatividade e perspicácia quando foi exigida. Enxergo hoje um mundo apático e de um só rumo, não existem ideias divergentes, nos acomodamos na busca pelo ter e nos esquecemos de quem somos.
Temos que transformar nosso processo educacional, precisamos desenvolver a massa critica dos seres humanos e não permitir que nos transformem em meras máquinas de produção.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Bolsa Acomodação

Estudos epidemiológicos confirmam o que, há tempos, a mera observação já constatava: quanto menores as condições socioeconômicas das famílias brasileiras, maior o número de filhos. E o que o governo brasileiro faz para melhorar esta situação? Cria o Bolsa Família!! Um valor quase simbólico que é repassado às famílias de baixa renda, multiplicado pelo número de filhos, sendo que o número máximo era de 3 filhos por família para recebimento da bolsa. Deveria ser para não estimular o nascimento de mais filhos, contudo, desde setembro deste ano, o número de filhos beneficiados foi ampliado para 5 e como se não bastasse, a partir de novembro, gestantes de comprovada baixa renda, receberão um auxílio gestante durante os nove meses de gestação  e, após o nascimento da criança, receberão o auxílio nutriz até o sexto mês de vida do bebê. Um absurdo!!
Sei que quem passa fome precisa de uma medida emergencial, mas quem passa fome não deveria estar “fazendo filhos”, muito menos cinco filhos. Não consigo enxergar essa política assistencialista brasileira de outra forma que não um grande incentivo à acomodação, além de um grande estímulo ao crescimento da população de baixa renda no país. Afinal, que futuro terão estas crianças criadas com 32 reais por mês da barriga da mãe até os quinze anos de idade? Estudando, ou melhor, frequentando  escolas públicas indiscutivelmente incapazes de formar cidadãos capazes de enxergar além das fronteiras da pobreza e da ignorância.
Alguns podem pensar em redistribuição de renda, eu penso que é mera politicagem. Bolsa qualquer coisa gera popularidade, ganha o voto das massas e mantém esses eleitores na condição de marionetes. Por que não estimular o controle de natalidade? Por que não garantir vantagens às famílias de baixa renda com menos filhos, como na China? Provavelmente porque distribuir camisinhas e pílulas anticoncepcionais não agrade a todos, principalmente os mais religiosos. Conscientizar as pessoas não ganha votos, distribuir esmola sim (a quantia de 32 reais não pode receber outra denominação que não esta).
Sabemos que há muitas vagas de emprego no Brasil não preenchidas por falta de mão-de-obra. Por que não investir em qualificação, em educação e na geração de uma massa trabalhadora qualificada e melhor remunerada? Deveríamos lutar para formar, sim, uma massa que não se contente com esmolas e não se realize em eleger políticos analfabetos nos quais se sinta espelhada e representada. Não à bolsa acomodação!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A ingenuidade das mentes universitárias brasileiras

Ser esquerda sempre foi “Cult” no Brasil, parece que é politicamente correto ser comunista, socialista e falar mal dos liberais. A esquerda sempre analisa os problemas propondo uma “causa”, um movimento, onde sempre existem culpados e vítimas. No caso, os culpados são os capitalistas e os liberais e a vítima é sempre o pobre ou a própria esquerda. A esquerda adora o culto da vitima, e pobre é sempre vitima, para toda forma de sucesso haverá sempre um fracassado, dizem eles.
A tradição esquerdista começou no século XIX com Karl Marx, sempre ele, sua base de pensamento é julgar toda forma de sucesso humano a partir do fracasso dos outros e propor um plano de salvação para os mais fracos ou perdedores. Dá até para entender no porque esta ideologia sempre foi bem recebida nas universidades, principalmente públicas, estes precisam propor algo diferente para explicar a condição humana (na verdade não querem enxergar o óbvio). No caso dos estudantes, eles estão começando suas vidas profissionais, nada mais normal que acharem-se os fracos do sistema. Querer ir ao encontro da ordem vigente e abraçar uma utopia também são tentadores a qualquer jovem estudante.
O problema da ideologia de esquerda é que utopias nunca são fáceis de serem implementadas. Em busca de um ideal espera-se corrigir e salvar toda a humanidade do caos, sem se preocupar em porque as coisas são como são. A realidade vira pessimismo e os otimistas sempre vencem. Os meios não importam para alcançar um bem maior. Até mesmo assassinatos, mortes e controle da liberdade individual valem para impor a utopia desejada e salvar a espécie humana.
Outro ponto importante é a ideia que para um vencer outro precisa perder. Marx foi muito ingênuo para propôs isto, talvez por não ter vivenciado os anos dourados do capitalismo. Esta tradição de soma zero é o principal refrão dos socialistas, quem vence ou obtém sucesso na vida é culpado, porque deixou outros pobres pelo caminho. Agora podemos entender e esclarecer a politica internacional antiamericana do PT. Grande erro, praticamente todos os países desenvolvidos presenciaram um aumento de suas rendas per capita propondo liberdade individual e de mercado, incentivando justamente o sucesso de cada um, cresceram e se tornaram exemplos atualmente de qualidade de vida e distribuição de renda. Enquanto os países socialistas amargaram piora em praticamente todos os índices de desenvolvimento econômico e humano e todos praticamente quebraram após a derrubada da URSS.
Estudantes querem destruir as coisas, a ordem vigente, o capitalismo, o governo, as ruas, muito bonito isto, esta fase faz parte de um momento único em nossas vidas, aquela rebeldia inconsequente de querer mudar tudo, mesmo sem saber o que por no lugar. Quando analisamos o mundo em que vivemos e percebemos no que o homem se transformou, tendemos mesmo para o pensamento de esquerda, pois precisamos encontrar outro meio para viver, odiamos no que nos transformamos e começamos a imaginar e criar alternativas. Assim a utopia toma lugar e nos entorpece de esperança. Todavia basta uma analise mais profunda da realidade para perceber que o homem é isto ai, não somos maravilhosos como pensamos quando criamos as utopias, por isto elas se perdem na história humana e acabam se transformando em tragédias enormes.
Difícil encarar a condição humana, somos o que somos e aceitar isto é muito mais prazeroso e otimista que a utopia da esperança destemida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

As vantagens do pessimismo

Este assunto é apenas o início de muitos outros sobre Arthur Schopenhauer – Filósofo considerado pessimista (próxima leitura) e Roger Scruton – Filósofo contemporâneo e que foi base de leitura para este artigo. Ambos encaram a realidade de forma fria e racional, expondo as fraquezas humanas e suas limitações.
O otimismo faz mal ao homem, não o otimismo virtuoso e esperançoso, falo do otimismo mal-intencionado, do otimismo utópico. O ser humano tem uma necessidade exagerada de buscar um sentido a sua vida, por isto é receptivo a ideia de transformação utópica da sociedade, aquela que pretende transformar o mundo radicalmente por uma utopia cega e ingênua.
Os otimistas sociais são os responsáveis pelas maiores catástrofes sociais da história humana. Estes, movidos por uma ideia utópica e inescrupulosa de uma transformação radical da estrutura social, terminaram por promover um totalitarismo sanguinário e cruel. Temos neste exemplo o comunismo, o fascismo e o nazismo. Líderes como Lenin, Hitler e Mao foram responsáveis pelos maiores massacres e assassinatos em massa da história.
A ideia de que existe um ideal de salvação para o homem cria pensadores, em geral de esquerda, pois sempre trazem uma ideia de controle estatal desproporcional, totalmente desfocados da realidade humana e maqueiam de ilusão utópica seguidores em prol de um totalitarismo otimista que jamais será alcançado ou mesmo necessário.
Vários autores brilhantes, muitos já revisados aqui neste blog, foram discriminados por serem considerados pessimistas, pois não viam futuro à espécie humana, entre eles temos Schopenhauer, John Gray, Nietzsche, entre outros. Para estes o homem é um animal fadado a sua tragédia (morte) e vive buscando um jeito de fugir da mesma, com isto se ilude achando que existe um progresso de fato na humanidade.
A utopia é um alívio a difícil tarefa de viver. Viver é perceber todos os dias que a realidade é devastadora, neste ponto as utopias enriquecem o homem de falsa esperança. Podemos dizer que a utopia é um vício, que afasta o homem do questionamento racional da realidade. Em geral a utopia foca apenas no objetivo, não estabelece como deveríamos caminhar até lá. Lembrei agora do velho discurso das esquerdas brasileira e em como mudaram quando chegaram ao poder. O homem não é bondoso e dócil por natureza, à civilidade enverniza-o, infelizmente quando esta camada fina de verniz é arranhada, o animal vai mostrar sua cara.
Os comunistas de plantão não tem consciência do mal que Karl Marx fez a humanidade com sua utopia socialista. O homem não pode viver em igualdade com o próximo porque simplesmente não pode ser domesticado como outros animais. Somos diferentes e queremos expor estas diferenças, com isto crescemos e desenvolvemos nossas habilidades ao máximo. Para o comunismo funcionar, ditadores e totalitaristas estabeleceram um controle rigoroso sobre a propriedade e a vida privada dos indivíduos. Ora que grande absurdo. Nenhum ser humano pode viver eternamente sem liberdade, simplesmente porque NÃO EXISTE FELICIDADE SEM LIBERDADE.
Chega de otimismo mal-intencionado, a realidade pode ser dura, entretanto é o mais próximo da verdade que podemos experimentar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

11/09 – O Fim do Império Americano

Para aqueles pirados, assim como eu, que ainda insistem em ler meus textos, peço desculpas pela grande ausência. Estou num novo curso superior e fiquei sem tempo, entretanto segue mais um texto na linha crítica do blog. Boa leitura.
Não podia deixar de falar sobre este tema tão importante e tão comentado do ataque terrorista as torres gêmeas. O que é um ataque terrorista? Porque é tão temido e quais as razões para um ataque ao coração dos EUA? E como esta superpotência lidará com isto no futuro?
Um terrorista nada mais é que um soldado sem exército, um guerreiro sem armas. Enquanto um soldado faz parte de um exército, ele é uma peça num complexo sistema de força armadas, um terrorista é um soldado sem apoio, ele está praticamente sozinho contra seu inimigo. Temos que desmistificar um terrorista e analisá-lo racionalmente, um terrorista tem a mesma ideologia de soldados e de exércitos só que ele está sozinho, portanto não pode atacar o inimigo de peito aberto, precisa desenvolver técnicas de ataques à surdina, ou seja, de forma orquestrada. Nações poderosas temem um terrorista, pois não conseguem vê-lo, é uma guerra, talvez a única, que não enxergam o inimigo, dificílima de ser vencida. Mas para este é a única forma de resistência e luta contra uma ideologia dissidente.
Não defendo o terrorismo, apenas tento analisa-lo de forma imparcial, grupos minoritários não tem outra forma de se rebelar, não tem forças para enfrentar um inimigo com poder bélico tão superior, por isto precisam desenvolver técnicas de terrorismo, é como um animal acuado, precisa reagir, mas não tem como combater o inimigo de frente. Sempre existiu o terrorismo, grupos de esquerda em todo um mundo já utilizaram suas técnicas, inclusive nossa presidente. Defendo sim a guerra em muitos casos. Ou contrário de 99% das pessoas que se dizem contra a guerra, digo que a guerra é muito importante para manter os ideais perseguidos por nós. Sempre existirão pessoas que discordem de seu ponto de vista, nem sempre a guerra será a solução, mas quando um dos lados foge ao debate, em geral por se sentir inferiorizado (vale ressaltar que nunca, digo nunca, um ser humano aceitará sempre a imposição de ideias, não faz parte da natureza humana), irá partir para a briga e, no caso, para a guerra, se você não estiver preparado terá seus valores atingidos. A Paz não é um ato individual ou de uma das partes, todos no mundo precisariam concordar com ela. Ora, isto é impossível, não temos as mesmas idéias e ,em muitos casos, não concordamos com a opinião do outro e a guerra é inevitável. Revoluções são guerras, movimentos de greve são guerras, a luta pela sobrevivencia também é uma guerra, as relações humanas sempre serão cheias de conflitos e isto é necessário. A Guerra é um mal necessário a evolução da espécie humana, assim como o é em toda a vida animal e vegetal do nosso planeta. No caso de nações, o derrotado acaba perdendo sua ideologia para o vitorioso, portanto todas as nações precisam se manter forte belicamente, não podemos simplesmente acomodar e esperar para ser atacado.
No caso dos EUA, particularmente, a ideia da nação mais forte do mundo, que sempre matou em nome de sua ideologia, impôs ideias, corrompeu ditadores, destruiu países para manter seu poder, ser atacada me pareceu importante. Quando avaliamos os aspectos de uma guerra precisamos nos distanciar das perdas humanas e pensar nas consequências do fato. Neste caso houve uma forte ruptura no modelo global de forças após 11/09. O mundo não vê mais os EUA como um poder absoluto, outros países começaram a perceber que também podem vencer os EUA em todos os aspectos, não somente bélico, mas cultural, econômico, esportivo e etc. Entramos numa nova Era, muitos não perceberam ainda, porém o mundo encontra-se sem um comandante no momento, vivemos um momento de extrema incerteza, tempos assim, em geral, terminam numa guerra. Guerra reorganiza as coisas e estabelece um padrão. Foi assim na revolução francesa, na 1º e 2º guerras mundiais e em tantos outros episódios na história humana.
11/09 iniciou o declínio de mais um império, os EUA nunca mais terão a influencia no mundo como tinham antes daquela data, irão aos poucos perder influencia no cenário global.
Como será o mundo sem a influência de um país que para mal ou para o bem perseguia um ideal tão importante quando a liberdade, a democracia e os direitos humanos? Não vemos estes ideais consolidados em países como China, Rússia, Brasil ou Índia. Isto é preocupante, pois sem a disseminação destas ideias, naturalmente, o poder dos governos ficará sem o padrão global de democracia e liberdade e cada um, internamente, se sentirá tentado a estabelecer qualquer forma de governo que lhe convier. Um exemplo bastante claro disto é a China.
Bem vindo ao mundo de incertezas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que é ser Empreendedor?

Esta semana resolvi publicar na integra o texto que entreguei ao meu professor de Empreendedorismo. Podem perceber que a crítica faz parte de minha vida que não fica restrita a Psicologia (vide texto anterior do blog). Será que serei reprovado?

O que é ser Empreendedor?
O que é ser empreendedor? Bem, de acordo com o texto lido na aula anterior, ser empreendedor é: criar novos produtos, inovar, ter rede de contatos, comprometimento, planejamento, ligar-se ao mundo, ser corajoso, ter garra, perseverança, ousadia, inquieto, criativo, buscar os objetivos, criar oportunidades, entregar-se de corpo e alma e etc. etc. etc. Ora, alguém conhece um ser humano na face da terra com todos estes atributos? Parece-me com aquele conceito de Super-Homem de Nietzsche, haja utopia.
Gostaria, como sempre, de começar meu artigo destruindo conceitos, então, quem disse que podemos determinar o sucesso ou o fracasso de alguém, de um empreendimento, ou de qualquer coisa? Desculpe, mas não existe lógica nesta matéria, não existe formula mágica, o sucesso não pode ser determinado, todas as histórias de empreendedores que venceram têm inúmeros exemplos de acasos e desvios na trajetória, isto simplesmente não é ciência. Até temos um objeto de estudo: o empreendedor de sucesso, mas não temos um método seguro, pois não há.
O capitalismo neste sentido é muito parecido com a natureza, ele é totalmente aleatório e não indica um caminho seguro a seguir. Sucesso e fracasso decorrem de um numero muito grande de variáveis para serem estudados. Igualzinho a tudo a nossa volta, as caraterísticas que fazem um ser vivo vencer no caos que é a natureza é totalmente imprevisível, é determinado por mutações genéticas. Mesmo podemos dizer do capitalismo, todos os grandes empreendedores de sucesso, digo no mundo, não tinham noção de como seus sonhos se transformariam depois. Seus negócios mudaram totalmente de rumo, pois não há um rumo certo a seguir.
Gostaria de me ater numa das qualidades descrita anteriormente: Planejamento. Esta palavra é bastante utilizada no meio administrativo e dizem que empreender é saber planejar. Então pergunto: como pode-se inovar e planejar ao mesmo tempo. Planejar significa seguir um caminho pré-determinado, todavia nada no mundo, nem na própria natureza, percorre um caminho que possa ser planejado. Casos de sucesso decorrem de caminhos tortuosos e que não tinham pré-conceitos, pré-planejamento ou quaisquer outros “pré’s” que queiram colocar. Alias muitos empreendedores que conseguiram crescer, quebraram logo depois quando tiveram que contratar administradores para planejar. Restringiram assim suas ideias e sua capacidade de criar algo novo. Planejar significa seguir um caminho, no entanto no mundo atual não existe mais “caminhos seguros”, tudo muda o tempo todo, não temos mais tempo para planejar, precisamos cortar esta etapa e inovar sempre.
Depois de destruir muitos conceitos vamos tentar extrair algo disto tudo. Terminei o parágrafo anterior com uma palavra chave: INOVAR. Não vejo outro caminho, inovar é arriscar sempre e é importante ressaltar: com grande possibilidade de fracassar. Não vejo muitas empresas de sucesso que sobreviveram muitos anos no mundo que se aproxima, empreendedores vão vencer e perder com muita velocidade, assim como acontece num mundo selvagem, o capitalismo é assim e as revoluções: tecnológica e da comunicação que estamos vivendo trazem tudo para ontem, sem atenção morremos e ninguém e nada vivo pode estar atento o tempo todo.
Esta ideia não é pessimista, vejo bastante oportunidades nela. Significa que os vencedores de ontem não serão os vencedores de amanhã, todos teremos oportunidades de obter sucesso em nossas vidas, a revolução tecnologia propicia isto. Ideias novas surgirão o tempo todo destruindo paradigmas antigos e criando outros. Ideias valem dinheiro, mercadorias são produtos das ideias, mera commodity. Sucesso e fracasso serão cada vez mais comuns.
Bem vindo ao mundo de incertezas e de inúmeras oportunidades.

domingo, 7 de agosto de 2011

O instinto não manda mais!

Por muito tempo, e ainda hoje para muitos, a maternidade foi vista como destino natural das mulheres, o objetivo maior de suas existências e o principal projeto de vida pós-casamento, preferencialmente. Com o surgimento da idéia de instinto maternal as mulheres tornaram-se ainda mais prisioneiras do desejo de serem mães, já que este seria algo natural ao sexo feminino. Será? Será que toda mulher nasce para ser mãe e aquela que não manifesta este “instinto” é anormal? Uma aberração?
Estudos epidemiológicos recentes realizados em diferentes países têm mostrado um decréscimo da paridade entre mulheres com maior escolaridade. Há uma redução do número de filhos acompanhado do adiamento da maternidade para depois dos 35 anos em média, além do aumento do número de mulheres que decidem simplesmente não ter filhos. Na verdade, essa decisão nada tem de simples, pois existem as pressões sociais, familiares e o preconceito sobre estas mulheres.
O papel social feminino mudou muito nas últimas décadas, atualmente elas ocupam altos cargos, qualificam-se cada vez mais e batalham por suas carreiras em pé de igualdade com os homens. Com isto, as mulheres se vêem hoje, muitas vezes, obrigadas a escolher entre a maternidade e o investimento na carreira, já que o período biológico ideal para a reprodução é exatamente aquele período em as mulheres estão galgando crescimento e estabilidade profissional, por volta dos 20 anos de idade. A partir dos 30 anos, os riscos de má formação fetal e complicações na gestação aumentam consideravelmente, e mesmo assim, é cada vez maior o número de mulheres que são mães pela primeira por volta dos 30 anos, inclusive no Brasil, como mostrou um levantamento apresentado pela mídia recentemente.
O ser humano é um ser social, influenciado por tantas variáveis (biológicas, sociais, culturais) que se torna difícil saber qual predomina em suas condutas. Estudiosos da maternidade questionam a real existência deste “instinto maternal”. Alguns consideram que este não passa de uma imposição histórica da sociedade sobre as mulheres e o aumento do número de mulheres que escolhem não ter filhos apenas reflete a liberdade de escolha conquistada por elas. Se no passado uma mulher não se permitia questionar o desejo de ser mãe, hoje elas não só refletem como decidem direcionar suas vidas para outros objetivos.
Como já discutido aqui no blog, as mudanças de comportamento das mulheres ocasionam conseqüentes mudanças no comportamento masculino e nas relações homem-mulher. Um estudo realizado pela UFRJ, em 2007, sobre maternidade, constatou que, muitas vezes, a escolha da mulher é apoiada pelo marido na hora de decidir por não ter filhos. Em geral, são casais que optam pela dedicação às carreiras e escolhem a liberdade de poder dispor do tempo livre a dois, em viagens e outras atividades de preferência ao casal.
Enfim, mesmo que o “instinto maternal” exista ou tenha existido um dia, hoje ele não dita as regras. Outras variáveis nos influenciam e outros desejos direcionam nossas escolhas. Devemos tirar essa “obrigação” de ser mãe dos ombros. Temos o direito de escolha e não há nada de errado ou aterrador em não desejar ser mãe. Somos fruto do meio em que vivemos e a liberdade de escolha não nos pode ser negada. Maternidade exige responsabilidade e exatamente por isso deve ser uma escolha, não obrigação.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Mito da Psicologia

Isto mesmo, para aqueles que acham que já ouviram todas as loucuras do mundo neste blog, prepare-se, esta vai surpreender você e seu terapeuta de plantão. Meus amigos psicólogos me perdoem, juro que não é pessoal. Neste blog já fiz criticas a diversas áreas do conhecimento, como jornalismo, direito, administração, e etc. Adoro destruir conceitos, não ataquem o autor em primeiro lugar, analisem o texto pelo seu conteúdo e seus argumentos. Outra coisa, este é um texto dissertativo, não é científico, portanto opiniões estão sendo expostas, nada provadas ou com intenção de serem conclusivas. Leiam como se fosse uma outra opinião sobre um assunto polêmico, apenas isto. O texto tentar provar uma ideia central, não se apeguem as coisas específicas ou argumentos equivocados, foquem na ideia central.

A ciência chamada Psicologia é um mito, ela parte de princípios errados e equivocados, nada científicos, na verdade utiliza-se o censo comum para explicar a maior parte dos eventos estudados. “Problemas psicológicos” não existem na vida real, são pura ilusão. Em primeiro lugar vamos definir a palavra “Problema” neste texto, que seriam as características de personalidade individual que em determinados períodos de nossas vidas tornam-se incômodo para você ou para aqueles que convivem com você, ou seja, são traços psicológicos de seu “eu” que se diferencia dos demais e por algum motivo cultural torna-se um SOFRIMENTO na sua convivência social. O sofrimento somente existe porque criamos os "problemas". Os seres humanos não têm problemas mentais, pelo menos para 95% deles, os realmente loucos tem problemas físicos e, portanto não precisam de psicólogos e sim psiquiatras. Os loucos equilibrados, ou seja, nós (bem que às vezes me acho um louco de verdade mesmo, kkk), vamos frequentemente a sessões de terapia achando que estamos resolvendo todos os nossos problemas, grande erro. Podemos, também, ir a sessões de terapia para nos conhecer, diminuir a ansiedade ou desabafar, todavia acho que tem outros métodos mais eficientes, vejamos mais abaixo.
Neste texto, quando me referir a problemas mentais, não estarei falando de pessoas com problemas físicos, ok? E sim dos loucos equilibrados, ou seja, a maioria. São problemas apenas aqueles referentes a sua personalidade, consolidados no seu “eu” e portanto não causados por problemas físicos temporários. Se isto for possível.
Os seres humanos não têm problemas mentais a resolver, de onde tiraram isto? Convenceram-te a aceitar esta máxima. Freud é o culpado, ele inventou todos os nossos problemas (porque foi o primeiro a encarar traços de sua personalidade, como problemas e o transformou em sofrimento) e pior, convenceu muitos, ainda hoje, a aceitar algo totalmente superficial e de difícil prova empírica. Justamente ai, vejo o problema da Psicologia, seu objeto de estudo é impossível de ser provado, não tem nada científico nesta ciência, pelo menos os problemas ditos psicológicos. Dizer que um rato agirá de forma condicionada para conseguir comida não pode ser considerada uma ciência, isto é obvio. Todos os seres vivos agem assim, não precisamos de uma ciência específica para isto. O lado comportamental da psicologia, chamado de Behaviorismo, a única vertente desta “ciência” que faz algum sentido, poderia ser incorporado pela biologia ou até pela sociologia (assunto para outro artigo). Alias a biologia seria a mais indicada, pois neste caso igualaria o homem aos outros animais, nada mais inteligente e racional a fazer.
Nossos ditos "problemas", na verdade, são partes de nossa personalidade e, portanto sem eles não existimos de fato. Não nego nosso sofrimento decorrente das diferenças exacerbadas nas interações sociais entre os indivíduos. Porém não vejo o sofrimento como um “problema” individual. O conflito somente existe no convívio externo e não dentro de nós separadamente. O homem sem convívio social não teria sofrimento, mas também não seria um ser humano, Emmanuel Kant nos mostrou bem isto, logo nosso sofrimento é decorrente das diferenças entre os seres humanos, não é individual.
Os "problemas" se tornam sofrimento por pura falta do que fazer (vou explicar melhor), por momentos de ociosidade mesmo, produto da sociedade moderna, qualquer traço de sua personalidade vira um problema quando você começa a pensar demais nele. Um exemplo apenas ilustrativo para explicar um argumento, sem qualquer embasamento científico, ok?: "Pobre não tem problema, ele não tem tempo para ficar pensando demais em coisas desnecessárias, precisa correr atrás do pão de cada dia. Digo isto, visto que esta classe social tem menos tempo para ociosidade. Depressão é coisa de madame, posso até estar sendo leviano nesta afirmação, mas não conheço pessoas ocupadas, focadas em trabalhar suas vidas e a viver intensamente com depressão, podemos ter momentos difíceis, não chamo isto de depressão, e também acho que não precisamos de psicólogos para resolver isto, pois são justamente nestes momentos que nos conhecemos e, portanto devemos enfrenta-los sozinhos." Precisamos, sim, de filósofos, pois estes podem mudar um referencial de vida. Ao contrário da psicologia que foca o interior do ser, a filosofia estuda o exterior, a relação do ser com o meio que é onde tudo é formado de fato (também assunto para outro artigo, não vamos fugir do tema). A ciência tem provado que depressão é um problema físico, entretanto é uma doença da modernidade, se desenvolveu no mundo cultural ocioso das sociedades modernas, os homens das cavernas e nossos ancestrais, obviamente, não tinham tempo para isto, morreriam facilmente e não transmitiriam esta hereditariedade para frente.
Se analisarmos um pouco, perceberemos que tudo a nossa volta é um problema, a vida não é perfeita, ela foi criada do caos e este caos torna tudo mutável e temporário. Para alguns, isto torna a vida terrena um inferno, para mim, um verdadeiro paraíso de oportunidades.
Engraçado que quando vamos ao psicólogo ele sempre diz: estou aqui para te ouvir e para que você mesmo se descubra e chegue a uma resposta. Sabe por que eles agem assim? Porque eles não têm e não sabem a resposta. Na verdade, não há resposta quando não se tem um problema. Não temos um ideal de Ser Humano, então como podemos aconselhar alguém sobre sua personalidade e pior, julgá-la? Seus problemas são partes de você, tentar resolvê-los é tentar mudar sua condição humana.
Todos os seres humanos possuem todos os tipos de personalidades possíveis à espécie humana, estamos programados a tê-las, nascemos com elas, somos muito iguais, temos comportamentos muito parecidos e precisamos aceitar isto. Dependendo da forma como interpretamos e interagimos com o mundo deste a infância, desenvolvemos alguns aspectos mais que outros. Acontece que desenvolvemos “qualidades” que em determinados momentos parecem defeitos, mas que dependendo do referencial qualquer defeito pode virar qualidade e vice-versa. Confuso? Mas é exatamente isto que ocorre, alguns traços de sua personalidade que, em momentos de sua vida podem parecer defeitos “psicológicos” e causar sofrimento, dependendo do seu referencial social, cultural e geográfico podem virar uma qualidade indispensável a sua vida e a sua felicidade. Problemas não são problemas, são traços de sua personalidade que podem se tornar qualidades dependendo do seu referencial.
Sugiro que quando algum traço de sua personalidade transforme sua vida em um inferno, ou te faça sofrer, em vez de tentar mudar você mesmo, simplesmente mude seu referencial de vida, mude de emprego, mude de esposa ou mude de sociedade, você viverá muito mais feliz assim. Isso pode parece fuga, muitos dirão, mas não é, precisamos de muito mais coragem para agir assim, e para que viver infeliz num lugar que não se parece com você, procure um que o valorize, e pode ter certeza, vai encontrar. Alterar o contexto não é fugir de jeito nenhum, é aceitar sua diferença com coragem para mudar o referencial quando este não te aceita. Tentar se adequar a algo que você não é, para mim, seria uma fuga ou medo de se encarar a realidade. Mudar nossa personalidade é algo difícil e custoso de fazer, pois é lutar contra você mesmo, seu jeito de ser, ou seja, lutar contra aquilo que o torna único, você. Não deixe seu terapeuta lhe moldar. Se aceite, você é assim.
Quando nos aceitamos, nossas diferenças tornam-se qualidades, isto acontece porque a sociedade encara isto como algo diferente e desafiador. Enfrente os outros e mostre a eles que você é diferente, não precisamos ser iguais. Os conflitos sociais acontecem porque toda sociedade tem um padrão moral e quer que seus membros se comportem daquela forma, nada mais natural, é a cultura vigente tentando lhe moldar, lhe tornando mais um, digamos, cidadão padrão. Os homens que tiveram coragem para serem “eles mesmos”, mudaram o mundo, suas diferenças alteraram os rumos da história humana.
Sei que muitos vão dizer que o autor do artigo é quem precisa de terapia, kkkk. Pois é, tentar nos conhecer é um processo eterno e contínuo e faço isto todos os dias, mas sem precisar de um terapeuta, não vejo como ele poderia interferir neste processo, basta conversarmos conosco e perceber como nossas interações com o ambiente refletem-se em nossas vidas, assim teremos uma boa visão de nós mesmo. Nossas diferenças de personalidade devem ser conhecidas, porém não mudadas.
Seus "problemas" dependem de seu referencial e é mais fácil muda-lo ou enfrenta-lo que mudar os aspectos que o tornam você.
A felicidade nada mais é que se aceitar, aceitar as coisas que o tornam único e especial. Já usei esta frase antes no blog:

NINGUEM NO MUNDO O FARÁ MAIS FELIZ QUE VOCÊ MESMO.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Fim dos Sexos

As vezes nos é permitido sentir um pouco de nostalgia, pensar um pouco em como eram as coisas no passado. Isto nos ajuda a analisar as mudanças que estão atualmente acontecendo em nossa sociedade e suas repercussões futuras.
A libertação da prisão sexual e de submissão das mulheres na história humana tem alterado e muito as relações sociais. Em geral não percebemos as mudanças em curso, somente percebemos seus efeitos quando já alteraram definitivamente nossas vidas. A mudança na forma como as mulheres encaram suas relações com o sexo masculino tem feito alterações profundas neste. Estas alterações têm modificado traços naturais da espécie humana e de características que são necessárias à diferenciação entre os sexos.
Assim como em todos os primatas, os machos têm características bem determinantes, eles são responsáveis pelo fornecimento de comida, de segurança e de reprodução, com isto eles desenvolveram, ao longo do tempo, uma capacidade aguçada para caçar. O macho precisa deste elemento em sua vida para se sentir poderoso e para se diferenciar da fêmea. Quando caçamos desenvolvemos os músculos, a visão espacial, aquela que nos permite localizar pessoas ou objetos a distancia e a testosterona. Com ela o instinto animal de procriação e de conquista nos elevou a um novo patamar na história animal. O macho é incomodado e adora conquistar, conquistar territórios e fêmeas, claro.
Esta procura cria certa insatisfação nos machos, e esta eterna inquietação nos permitiu alçar mundos inimagináveis e alvos jamais pensados.
A mulher tem avançado em seu poder de conquista e tem tirado dos homens esta característica tão outrora importante à espécie. Homens tem se surpreendido na capacidade feminina de escolher, planejar e abater seus alvos.
A arte da conquista, de cortejar, de envolver, de disputar, de vencer seus medos e desenvolver a coragem para arriscar tem sido perdida. O homem não faz mais isto, a mulher tem assumido este papel. Beijar e conquistar o maior número de pretendentes, incrível!!, tem sido características femininas nos ultimos tempos.
Sem as características tipicamente humanas na diferenciação entre os sexos, como vamos diferencia-los? O homossexualismo psicológico, aquele não determinado no nascimento, tem aumentado significadamente, sem a necessidade de exercitar e de estimular a capacidade do macho de conquistar a fêmea, temos entrado numa fase de falta de identidade. A revolução feminina decepou as qualidades do macho e sua vontade de conquistar. Com isto o homem não precisa mais ser forte, ter musculos, ter testoterona para caçar e prover segurança a mulher. O que acontecerá então? A natureza é cruel neste ponto, ela atrofia naturalmente coisas que não são estimuladas, estas simplesmentes são desativadas nos processos de decendências do DNA.
O que fazer? Uma coisa é certa, este processo não tem volta, a mulher não irá abrir mão de suas conquistas. Os homens precisam encontrar outras formas de estimular sua capacidade de conquista e de continuar desenvolvimento seu instinto reprodutor.
Na verdade eu acho que muitos homens estão sentindo falta de um pouco de romantismo, de cortejar as mulheres e de um pouco mais de dificuldade na conquista, tenho conversado com amigos e ninguem lembra mais da ultima vez que mandou flores, comprou presentes.
Mulheres, um pouco mais de dificuldade gerará a necessidade de conquista nos homens e com isto mais vontade e testosterona depois, kkk.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Não culpe o amor...


O amor e a paixão são palavras que nos remetem a sentimentos extremos de felicidade e sofrimento a depender de nossas experiências e momento vivido. Se alguns temem a paixão pela dor já sofrida, outros anseiam por um novo amor que lhes traga aquela incomparável felicidade de volta. Será o amor ou a paixão sinônimos de bem estar ou dor inevitável? O amor ou a paixão precisam mesmo coexistir com a dor?

Cada vez mais, pesquisadores vêem estudando estes sentimentos e o reflexo destes no corpo humano, buscando averiguar a veracidade daquela dor no peito referido por quem sofre de amor e o estado de êxtase dos apaixonados. Os estudos científicos são incapazes de responder satisfatoriamente às questões levantadas, contudo, podem nos dar algumas pistas.
Em um trabalho realizado no Centro de Medicina Albert Einstein, nos EUA, 15 universitários tiveram sua atividade cerebral monitorada enquanto olhavam as fotos de ex-parceiros até 68 dias após rompimento amoroso. Observou-se que enquanto olhavam as fotos e lembravam do amor perdido, os universitários ativaram a mesma área do cérebro acionada na ocorrência da dor física. Outro estudo, publicado na New England Journal of Medicine, relata a presença de sinais semelhantes aos de um ataque cardíaco, como dores no peito, líquidos nos pulmões, dificuldade para respirar e colapso cardíaco, em indivíduos que sofreram uma decepção amorosa. Podemos assim afirmar que paixão e dor necessariamente precisam coexistir? Ainda não.

Na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, realizou-se um estudo no qual os cientistas aplicaram o mesmo estímulo de dor no antebraço de 25 mulheres em três momentos diferentes: enquanto seguravam uma bola, enquanto seguravam a mão de um homem estranho e enquanto seguravam as mãos dos respectivos namorados. Todas referiram sentir menos dor enquanto seus namorados seguravam suas mãos ou quando simplesmente olhavam para a foto dos mesmos.
Deste modo, podemos dizer que há indícios de que o amor ou a paixão podem causar muita dor, inclusive física, ou atenuá-la. Analiso estes achados da seguinte forma: estes sentimentos (amor e paixão) não são os responsáveis diretos pelo surgimento da dor ou por anestesiá-la. Eles sofrem influencia de outros fatores alheios às suas simples existências que determinam o resultado final.

Se é para apontar um culpado pela dor ou pela felicidade, eu culpo a reciprocidade. O amor e a paixão não doem, o que dói é não ser amado.Não concordo que o sofrimento faça parte do amor, o sofrimento faz parte da vida e a reciprocidade no amor, na paixão, no desejo ou na amizade determinará nosso bem estar e anestesia. Do mesmo modo, é a ausência de reciprocidade que determina nosso prognóstico melancólico e doloroso.
Respondendo às perguntas iniciais do texto: Não, o amor e a paixão não precisam da dor e do sofrimento para existirem, nem os têm como partes integrantes e indissociáveis, mas sem dúvida são extremamente dependentes da reciprocidade. Viva a ela ou amaldiçoada seja sua ausência!rs

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta a uma nação de esquerda

A ditadura trouxe muitos problemas ao país, problemas estes que, ainda hoje, refletem negativamente até em nossa democracia. Enquanto no mundo inteiro partidos de Direita tomam o poder, se auto afirmar Direita no Brasil é pecado mortal. A ditadura rotulou os partidos de Direita como aqueles ligados ao poder, aos ricos, aos endinheirados, aos militares e ao maldito PFL. No entanto a realidade não é bem assim.
Qual, então, a definição de Direita e Esquerda?
Direita: partidários de um ideal – a liberdade. Indivíduos e partidos de Direita são considerados conservadores, pois buscam manter o estado mais longe da sociedade, ou seja, dar mais liberdade de escolha aos indivíduos e menos acolhimento por parte deste. Partidos de Direita são contra o estado assistencialista, por isto são muito identificados, no Brasil, com os ricos e poderosos. Cada um precisa correr atrás do seu sustento e os melhores serão recompensados. Direita = Liberdade
Esquerda: a esquerda faz o contraposto do estado mínimo da Direita. Busca melhorar a distribuição de renda por meio de transferência de recursos do estado para as camadas mais pobres da sociedade, e neste momento precisa aumentar a influencia do estado sobre a mesma, aumentando os programas assistencialistas, aumentando os impostos e também aumentando o poder do estado sobre a sociedade, já que busca influenciar os investimentos, controlar as empresas privadas e influenciar a vida dos cidadãos direcionando-os para o caminho dos ideais estatais e não individuais. Esquerda = Igualdade.
Esta luta entre igualdade e liberdade acirra a disputa entre estas duas ideologias. O problema é que igualdade não pode ser decretada, ela somente pode ser alcançada através do esforço individual, não resolve-se o problema de alguém que não quer correr atrás de seu sustento simplesmente dando a ele. Pode parecer duro, mas ninguém morre de fome se não quiser. A iniciativa individual é a chave de sucesso de um país ou nação, então devemos incentiva-la, faz-se, hoje, justamente o oposto disto. Outro ponto é que igualdade não é boa, igualdade traz acomodação, as pessoas não são iguais e deve-se valorizar, sim, aqueles que se esforçam mais. Em qual ambiente propicia-se este quadro? Num ambiente de liberdade, não existe outro. Liberdade traz igualdade de desafios, traz responsabilidade individual e sucesso e riqueza para aqueles que a perseguem.
Porque a Esquerda tem perdido espaço no mundo? Ora, os países desenvolvidos passam por uma crise severa, esta crise está associada a um exagerado gasto estatal. Estes países gastam bem mais do que arrecadam, devido principalmente a enormes programas assistencialistas e que tem que ser sustentados pelos impostos. Isto decorre da administração de Esquerda por um longo período no passado. A Esquerda sempre reinou na maioria dos países europeus. Agora, a conta precisa ser paga, quem vai pagar? Os cidadãos precisam entender que o estado não é um ente divino e de recursos ilimitados, o estado é sustentado pela sociedade e se ela quer o bolsa família, bolsa gás, aposentadoria, saúde, universidade pública, ela precisa pagar por isto. No ultimo levantamento apenas 5 países da Europa tem governos de esquerda e a expectativa é de que percam as próximas eleições.
A sociedade tem se manifestado contra aumento de impostos e gastos exagerados dos governos municipais, estaduais e federais, mas ela precisa entender que se quer um estado menor, com gastos estatais menores, vai perder benefícios, vai ter que mudar e votar em partidos de direita. Entretanto quem é esquerda e quem é direita neste país? Ninguém tem coragem para assumir uma posição com medo de perder votos, com isto temos políticos sem identidade, sem ideais e sem compromissos. Cada vez mais percebo a importancia dos partidos políticos fortes. Deveríamos votar nos partidos, ou seja, na idéia, não em pessoas, elas não são importantes. Guardem isto para debatermos na reforma política que vem ai.
O que é importante destacar é algo mais intrínseco, existe algo por traz desta discussão e que considero o mais importante, é a palavra Liberdade. Queremos alguém influenciando nossas vidas? Sugando mais de nossos rendimentos em prol de uma melhor distribuição de renda? Aumentando o poder do estado sobre nós. Isto gera perda de liberdade, quando o estado cresce, cresce a corrupção, aumenta os conchavos de apadrinhados, eleva-se o monopólico de setores controlados pelo estado. Estado forte é sinônimo de má administração, de mais gente sendo sustentada a custa de impostos. É realmente isto que queremos?
A liberdade traz muita responsabilidade, pois necessita que de agora em diante tenhamos que para de reclamar que o estado não dá isto, não dá aquilo. Precisamos entender que não é papel do estado dar nada, ele não pode e não deve ser o Pai, nem o Deus de ninguém. O estado deveria apenas regular as relações sociais e não influenciá-las ou mesmo participar dela. Temos que ter consciência que precisamos ir à luta quando queremos algo, e que depende apenas de nós, do nosso esforço pessoal. Isto é cultural, não seria fácil mudar este paradigma rapidamente, mas precisamos começar. Chega de reclamar, chega de pedir as pessoas, aos outros, ao estado. Os brasileiros precisam entender que eles precisam ir à luta, somente assim mudamos o ideal de país que queremos e tornamos realmente este país em um grande lugar para viver.
Menos estado é menos impostos e mais renda para a população decidir individualmente onde pretende gastar e não deixar na mão de poucos políticos esta decisão.
O problema é que ninguém tem coragem de dizer isto aos eleitores, imaginem uma campanha politica que o candidato diz: fim do bolsa família, fim da universidade pública, fim dos incentivos fiscais, privatização das empresas publicas, e diminuição dos funcionários públicos e fim da aposentadoria integral destes. O estado deveria apenas regular, auditar, fiscalizar. No máximo prover educação, segurança e saúde para promover a igualdade de competição entre seus membros, porém como um estado tão grande e com tantas prioridades poderia concentrar esforços? Impossível. Seria o fim da campanha mesmo antes de começar, mesmo pregando a diminuição substancial dos impostos, provavelmente ele nunca seria eleito.
Bem, estou lançando a minha candidatura nas próximas eleições com estes slogans, que acham? Terei apoio? Seria viável? Só rindo mesmo.
Carlos, um candidato com coragem de afirmar: Sou Direita.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Legalização das Drogas

Como este assunto voltou aos noticiários, principalmente com o novo filme "Quebrando Tabu", estou publicando novamente este artigo postado no blog no dia 18/09/2009, com alguns novos comentários.

Vamos falar sobre um assunto para lá de polêmico, envolve nosso cotidiano, nossas vidas, a de parentes e amigos e afeta nossa liberdade individual. Mas uma vez não quero expor minha opinião como algo imutável nem definitivo, temos poucos exemplos de casos bem sucedidos no mundo e, portanto não devemos aceitar nem tomar nada como conclusivo.
Vou avaliar o tema de acordo com alguns tópicos importantes como:
  • Violência
  • Econômico
  • Político
  • Social
Violência: De acordo com ONU, 200 milhões de pessoas no mundo consumiram drogas ilícitas no mundo em 2003, não tenho dados mais atuais, e são justamente estas pessoas que alimentam um enorme mercado de bilhões de dólares (US$ 50 bilhões somente com cocaína) e que contribuem para outros crimes associados, como homicídios, roubos, furtos, trafico de armas, trafico de pessoas, prostituição, entre outros.
A violência gerada neste negócio é extremamente elevada, não tenho dados sobre isto, gostaria de saber se alguém tem um numero aproximado de pessoas que morrem todos os anos em decorrencia do tráfico.
Econômico: A quantidade de dinheiro ilegal que movimentam é enorme, somente com cocaína estima-se em 50 bilhões de dólares, este dinheiro é utilizado para outros crimes, como lavagem de dinheiro, corrupção de políticos, advogados, contadores, juízes entre outros.
Outro ponto importante é a falta de cobrança de impostos destes produtos, deixamos de arrecadar bilhões em impostos sobre um produto de consumo.
Político: Imaginem uma organização criminosa influenciando a política, pois temos vários exemplos no mundo, das favelas do rio até em países como Colômbia e Venezuela. Isto é bem retratado no filma Tropa de Elite 2.
As drogas estão em todo lugar e influenciam tudo em nossas vidas
Social: Não vou entrar no debate das pessoas que se destroem usando drogas, de acordo com estudos, somente 15% dos usuários de drogas se viciam ao ponto de desestabilizar suas vidas. A grande maioria dos usuários vive normalmente e usa drogas regularmente. Muitas pessoas não tem consciencia disto, mas grande parte dos usuários utilizam as drogas normalmente como o alcool e não mudam sua rotina, conseguem controlar e separar o uso regular do uso descontrolado da mesma.
Vamos avaliar os aspectos positivos e negativos da liberação das drogas e debatê-los.
Aspectos negativos:

  •  Existe um medo muito grande do aumento imediato do consumo principalmente das drogas leve, como maconha. É bem possível que isto aconteça, com a venda liberada, jovens que ainda não experimentaram poderão vir a utilizar pela primeira vez. No entanto não temos como afirmar que estes jovens, após a primeira experiência voltem a consumir.
  • Aumento do numero de acidentes de transito ou acidentes em decorrência do uso inadequado das drogas;
  • Aumento do numero de problemas decorrentes do acréscimo de usuários, principalmente em família;
  • Aumento dos gastos com saúde em decorrência de um numero maior de usuários;
  • Aumento, provavelmente significativo, do numero de outros crimes como roubo, furtos e etc. Estatísticas provam que um aumento na fiscalização das drogas trazem um aumento no índice de outros crimes pela migração dos criminosos para outras formas de práticas ilegais.
Reparem que a maior parte dos aspectos negativos decorrem do aumento do numero de usuários, no entanto não temos como afirmar que no médio prazo isto venha a ocorrer, em países como a Holanda e Dinamarca isto não ocorreu, mas estes países possuem um alto grau de desenvolvimento humano, não sabemos como seria num país em desenvolvimento e nem tanto com o país subdesenvolvido.
Aspectos positivos:

  • Fim do submundo envolvido no trafico e venda de drogas;
  • Cobrança de impostos elevados sobre a venda de droga, visando suprir o aumento dos gastos com saúde;
  • Controle maior sobre o numero de usuário e estabelecimento de estratégias para as campanhas de conscientização;
  • Fim do dinheiro ilegal que alimenta outras formas de crime. O dinheiro das drogas faz girar um mercado negro de financiamento de corrupção, e outros crimes ligados;
  • Aumento do numero de policias e detetives para os outros crimes em geral, pois atualmente estão ligados ao combate ao tráfico;
  • Fim dos homicídios ligados ao tráfico de drogas;
  • Fim da corrupção dos poderes públicos ligados ao mercado das drogas;
O maior ganho de todos e o mais importante é a liberdade individual de qualquer indivíduo fazer o que quiser de sua vida sem o controle do estado. O estado não pode (JAMAIS, sou mesmo um liberal) interferir na vida privada de cada um. Quando digo isto, me refiro a vida privada, não aquela que influencia a de terceiros. Por exemplo, quando alguém usa drogas em casa, isto diz respeito somente a ele, mas quando este indivíduo usa drogas e sai dirigindo um carro, este interferindo na vida publica da sociedade e saindo de sua vida privada.
Afirmo isto com muita convicção e sei que será tema de muita discussão. A sociedade não pode interferir, nem tomar partido, nem emitir opinião na vida privada dos indivíduos por isto sou a favor da liberação total das drogas e de tudo que possa ser consumido ou vivenciado na vida particular de cada um, porém a liberdade de cada um termina quando interfere na do seu próximo, combinado.
Toda mudança traz pontos positivos e negativos, vamos encontrá-los sempre, precisamos avaliar se os positivos são maiores que os negativos, isto deve ser debatido e experimentado antes de uma decisão final, estou propondo apenas um debate, nada de sociedade alternativa (risos).

terça-feira, 31 de maio de 2011

Como surgiu o universo?

Com base no livro “Do Big Bang ao universo eterno”, farei um resumo com comentários sobre um tema bastante importante do ponto de vista da ciência, da filosofia e da religião.
Primeiramente gostaria de escrever um pouco sobre a filosofia da ciência ou o estudo e base desta forma de pensamento. Na verdade ao contrário do que muitos pensam, afirmo: A ciência não busca verdades absolutas, ela jamais descobrirá algo universal e que possa ser descrito como definitivo. E sabe por quê? Por que a ciência utiliza a observação e a indução como base de seu conhecimento. Um argumento indutivo não pode conclusivo e, portanto verdadeiro do ponto de vista lógico.
Vou explicar melhor:

Observei um corvo preto
Observei novamente um corvo preto
Observei mais 10 mil corvos, todos pretos.
Mesmo assim não posso afirmar que todos os corvos do universo serão pretos

Por isto as ditas “verdades científicas” são na verdade teorias cientificas, pois a qualquer momento podem ser negadas e falsificadas. Mas é justamente ai que encontramos a maravilha da ciência, todo conhecimento pode ser falsificável e, portanto questionável, com isto ao longo dos séculos as teorias se tornaram cada vez mais fortes, prevendo e descrevendo, cada vez mais precisamente, a realidade dos eventos naturais. Quando a dita verdade é coloca a prova ela pode ser falsificada com o aumento dos testes ou fortalecida com o grau de previsibilidade de seus argumentos.
Com este breve introdução da filosofia da ciência (se gostaram, tenho um livro somente descrevendo a filosofia por traz da ciência, é muito interessante e revelador, posso me aprofundar mais neste tema num outro artigo) vamos continuar com o tema proposto. De acordo com o autor a origem do universo através de uma explosão não explica sua origem apenas uma fase de sua história. O Big Bang não explica, por exemplo, se houve uma fase colapsante anterior, o que teria colapsado e por quê? O livro descreve como é a teoria do Big Bang, traz suas fragilidades e demonstra que existem outras possibilidades para o inicio de tudo.
Estas questões trouxeram a discussão atualmente não mais para um universo iniciado há 15 bilhões de anos e sim para um universo dinâmico, e incrível: eterno. Eterno sim, as novas teorias cientificas baseadas na cosmologia, estão mostrando que nosso universo, na verdade, nunca teve um começou, e, sim, sempre existiu, com fases de expansão e contração.
A aceitação geral para mais de 30 anos do Big Bang foi sua fácil explicação dos eventos observáveis e de grande aceitação da religião, pois explicava de forma bastante precisa as escrituras sagradas da Bíblia. Esta junção de concordância cegou os cientistas por mais de 30 anos e que agora começaram a perceber que logicamente o Big Bang não pode ser explicável, existem várias contradições de um começo com massa infinita de acordo com as teorias atuais.
Que fantástica é a ciência, como é bom viver num universo sem verdades absolutas, sem determinismo e sem regras pré-estabelecidas. O barato de tudo isto não é descobrir nenhuma verdade e sim nos deslumbrarmos a cada descoberta e de percebermos que as possibilidades são infinitas e mutáveis. Que delícia é a procura. Buscar é mais importante que descobrir, não acham?
Um Universo eterno, já tinha pensado nisto antes?
Boa busca para você também.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Verdades Absolutas

Acho interessante republicarmos alguns artigos do passado, pois as vezes os assuntos necessitam de mais profundidade ou reflexão. Publiquei este texto em dezembro de 2009 e como Marcela trouxe este tema novamente, resolvi continuar a discussão, apenas uma ressalva, acho que estava de mal humor quando escrevi, o que acham?

Publicado em Dez/2009:
Hoje vou escrever sobre algo que me atormenta há 1 semana. Aprendi que escrever é uma forma de aliviar as tensões e de refletir sobre as coisas que nos afligem no dia-dia.
Na semana passada tive uma briga com uma grande amiga e isto nunca é bom, discutimos sobre nós mesmos, nada de filosofia ou assuntos polêmicos, mas o que me afetou foi a forma com que ela terminou a discussão simplesmente dizendo para eu ficar com minhas verdades absolutas.
Verdades absolutas? Logo Eu. Gostaria, então, de falar um pouco sobre isto e tentar me defender desta acusação. Verdades absolutas dependem de algo absoluto. Acreditar em um criador ou Deus ou algo maior é sim acreditar em verdades absolutas. Ora, se existe um Deus existe alguma verdade ou razão para tudo isto existir, neste caso pessoas que acreditam em Deus devem necessariamente acreditar em verdades absolutas. Sendo assim, por favor, quem tem fé em Deus ou em algo absoluto e me diz que verdades absolutas não existem não está sendo coerente e fiel a suas idéias.
Pois é, eu não acredito em Deus, nem em algo maior, nem em nada absoluto, me considero agnóstico, portanto somente acredito naquilo que posso provar, ou seja, em mim mesmo, em minha própria existência. Como posso acreditar em verdades absolutas? Ou ainda mais, como posso ter verdades absolutas?
Depois de me analisar e de reler alguns de meus textos anteriores no blog comecei a perceber algumas afirmações que poderiam dar margem a interpretações errôneas por parte dos leitores, principalmente daqueles que não me conhecem muito.
Se vocês perceberem nestas leituras vão compreender que vários textos são contraditórios entre si, ou seja, afirmações feitas em alguns são rebatidas em outros. Comecei então a perceber que é justamente minha forma afirmativa de escrever que poderia sugerir tal interpretação.
Vamos discorrer um pouco sobre esta forma de escrever. Sou estudante de filosofia e, portanto, minha forma de escrever traz alguns traquejos de textos filosóficos e também científicos que adoro. Filosofia é uma ciência e como tal precisa estabelecer alguns elementos essenciais da ciência, que são teses, teorias, provas, experiências, observação, etc. Todos os filósofos e cientistas publicam suas obras de forma afirmativa, pois querem provar algo e para isto afirmavam suas idéias como verdades. Foi assim que o conhecimento humano se dissipou e evoluiu.
Apenas quando somos bastante afirmativos em nossas idéias é que despertamos o interesse da contradição. Engraçado, mas é assim mesmo que a filosofia, o conhecimento humano e a ciência evoluíram. A discordância entre as idéias desenvolveu e aprofundou o conhecimento, os debatedores defendiam suas idéias, não a mudaram através destes debates, porém a exposição destas, as fizeram serem postas a prova da contradição e assim as fortaleceram.
Vejam como exemplo: se colocássemos duas pessoas para debater sobre o governo Lula, uma petista e outra do PSDB teríamos um debate acalorado, e bastante rico em argumentos, provavelmente nenhum dos 2 mudaria suas idéias, mas alguém que estivesse assistindo ou lendo este debate poderia tirar várias conclusões e opiniões sobre isto. Ao contrário se tivéssemos um debate morno com pessoas, digamos “equilibradas”, com opiniões muito pautadas, não teríamos divergências ou diferenças exarcerbadas de idéias. O que quero dizer é que os extremos são importantes no estabelecimento e desenvolvimento do conhecimento humano.
Todos os grandes pensadores, filósofos e cientistas na história humana foram bastante afirmativos em suas idéias, as defenderam com unhas e dentes e eram também presunçosos, orgulhosos e arrogantes. Com isto, despertaram outras idéias e opiniões e ajudaram, cada um de sua forma, ao desenvolvimento do conhecimento humano. Como exemplo temos Platão, Aristóteles, Nietzsche, Isaac Newton, Maomé e o próprio Jesus Cristo. Para eles, suas idéias eram verdades absolutas e eles mudaram o mundo.
Portanto, não se deixem levar pelo modismo de serem maleáveis e bonzinhos. Sejam sim coerente com suas idéias e doa a quem doer sejam afirmativos, pois somente assim irão gerar as discussões e debates necessários para criar algo novo e evoluir o mundo a sua volta. Acreditem, qualquer um de nós pode mudar o mundo, todos temos este poder e esta força.
Não tenho nenhuma verdade absoluta, pois não acredito nisto, mas escrevo e debato minhas idéias como se as tivesse, assim como fizeram todos os grandes homens que nos antecederam. Quero estimular o debate sempre pautado em idéias, não em coisas ou pessoas. Com isto procuro desenvolver meus pensamentos e das pessoas que me cercam para que, quem sabe, um dia, alguém possa pensar, criar e desenvolver algo novo que vá mudar a vida de todos e serem lembrados pela eternidade. Que a diversidade de opiniões prospere.
Sejamos arrogantes e presunçosos, por favor.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reflexões, Verdades e Realidades


A existência de verdades absolutas não era um tema o qual me despertasse dúvidas, tinha certeza de que verdades seriam sempre relativa. Contudo, deparei-me com a seguinte afirmação de Aldo Vannucchi: "A verdade é sempre absoluta: existe ou não existe. Relativo é o conhecimento que ajuntamos dos fatos, situações e idéias, conhecimento mais ou menos preciso, mais ou menos completo, dependendo de um sem número de circunstâncias."


Minha certeza virou fumaça...


Através do pensamento "criamos" idéias e opiniões, julgamos e concluímos. Tudo que envolve o pensamento, conhecimento, memórias e experiências, tudo aquilo que o pensamento agrupou resulta na realidade do indivíduo, sendo esta um produto de interação e reação. Estes elementos compõem nossa realidade individual e realidade nada tem haver com verdade.

A realidade depende do homem e da sua maneira de enxergar e entender o mundo. A verdade não depende do homem. A verdade existe, nós a conhecemos ou não. Ela é maior que todos os homens e suas realidades. Aquilo que pensamos e acreditamos ser real de fato é, ao menos para nós, mas não é necessariamente verdade.

Eis a problemática mais complexa: como saber o que é verdade?

Filósofos colocam que a verdade é revelada ou intuída a partir de evidências objetivas ou raciocínio claro e correto de um homem mentalmente saudável. Voltamos, assim, ao homem e sua incurável inclinação ao engano, tendo a responsabilidade de julgar a verdade.

Nesta difícil missão, estamos constantemente incorrendo o erro, o engano. Enganamo-nos quando confundimos verdade com utilidade prática e tomamos por verdadeiro aquilo que nos interessa ou melhor convém. Enganamo-nos quando consideramos verdade uma afirmação proferida por uma autoridade (grande filósofo, psicanalista, professor, pais etc), critério válido mas passível de engano como outros. O consenso geral é outro critério que nos leva ao engano. Aquilo que é sustentado por muitos como verdade passa a não mais ser questionável. Compreendendo estas variáveis podemos questionar possíveis verdades nas quais acreditamos e que se enquadram nestes critérios, entretanto, a verdade continua difícil de ser definida.

Nietzsche coloca que nenhuma expressão da língua contém verdade, pois a língua reporta-se a termos criados pelo homem através de interpretações arbitrárias. Se definimos que a pedra é dura, este é o resultado da percepção humana, diferenciada da percepção de outras espécies e não mais correta nem mais íntima da verdade. Do mesmo modo, ao criarmos o conceito de mamífero e, após avaliação de um camelo, concluimos tratar-se de um mamífero, surge neste ponto a repetição de uma verdade criada pelo homem, dependente dele e que, afinal, nada tem haver com verdade. Apenas conceitos.

Diante deste quadro, chego a acreditar que a verdade não nos cabe, apesar de sua busca fazer parte da natureza humana. Vamos, então, discutir idéias e opiniões, observar e tentar entender diferentes realidades, criar julgamentos, mas deixemos a verdade para o universo, pois onde quer que ela esteja, certamente não está nos homens. Ninguém é mesmo dono da verdade.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Casamento Real – Fantasia coletiva

Estamos assistindo o ultimo suspiro desta celebração milenar, será o ultimo casamento importante da história humana. Casamento não faz e não fará mais parte do cotidiano humano, isto é positivo? É negativo? Vamos por partes.
Quando estudamos a história da união humana entre um homem e uma mulher, o casamento, percebemos que suas bases não têm mais sustentação. Suas causas não permaneceram durante os séculos e está afetando há décadas esta união.
Porque as pessoas se uniam em família? Primeiramente porque a mulher não era capaz de cuidar sozinha de sua cria por 10 anos seguidos (tempo médio de proteção para a prole humana), então buscava no convívio social a segurança e suporte necessário para sua sobrevivência. Temos vários exemplos de tribos indígenas que não tinham parceiras fixas, ou famílias, estas uniões começaram com a convivência com os povos europeus. Portanto não nascemos com o dever ou compromisso natural para viver em família, para mim isto é bem claro, podemos criar nossos filhos com ajuda de outros membros da sociedade e não somente com a mãe ou o pai deles.
O casamento foi criado para transferências de patrimônio através das crias, seu inicio decorre do começo da divisão humana em sociedade e do estabelecimento da propriedade privada. Com isto bens que eram públicos passaram a ser privados ou individuais, portanto precisavam ser preservados e consequentemente herdados. A função básica, do casamento, neste início, era gerar herdeiros e uniões onde seriam preservados os patrimônios familiares, percebemos isto ainda hoje em várias sociedades orientais. A mulher era uma mera mercadoria, ela apenas servia de troca ou de contrapartida para que as heranças fossem transferidas para a próxima geração.
Não existiam sentimentos envolvidos no casamento, ninguém, ou quase ninguém, casava-se por amor, por carinho, por paixão ou por qualquer outro sentimento. É difícil pensarmos assim hoje, mas as sociedades não valorizavam isto. Já falei antes aqui no blog, o sentimento de amor entre um homem e uma mulher começou com o romantismo europeu, não temos literatura de “Amor” antes deste período na história humana. Pessoas se uniam para procriar e para transferir e manter seus pertences.
Casamento era uma imposição social, quem não era casado não participava de festas, comemorações e baquetes, o casamento era uma instituição básica da sociedade e por isto quem não era casado não participa dela.
Um ser sem obrigações e livre era perigoso demais para a ordem vigente na época, um ser sem família podia fazer qualquer coisa, uma revolta, questionar leis, impor vontades, criar uma revolução, duvidar de Deus, ele simplesmente não tinha com o quer se preocupar, por isto até hoje são os jovens que iniciam as revoltas, eles não tem família para se preocupar, são livres para arriscar suas vidas e não têm nada a perder. Que perigo para a classe dominante. Por isto a religião estimulou e estimula à família, um ser familiar é um ser mais fácil de domar, mais fácil de convencimento, mais propenso a aceitar a ordem vigente das coisas, pois sua maior prioridade é a sobrevivência da prole. Ele não podia se revoltar contra nada.
A religião se utilizou desta ferramenta de opressão das vontades individuais em nome da família por séculos e ainda usa hoje, incrível como não percebemos isto. Quem disse que a família é importante: Deus? A sociedade? Seus amigos? Sua família? Pode até ser, mas não foi você com certeza, não foi por vontade própria que escolhemos este caminho, foi por imposição social, poderíamos ter filhos sem uniões conjugais, poderíamos fazer quase tudo em nossas vidas sem casamento, como sempre fizemos antes na história humana. Filhos não são consequências de casamentos bem sucedidos, isto também foi inserido em nós pela sociedade e pela religião. Também nossa velhice, muitos colocam no casamento aquela sensação de não envelhecer sozinhos, mas temos nossos amigos, temos toda a sociedade a nossa volta com todos seus recursos, sejam gratuitos ou não. No Japão as pessoas são respeitadas e convivem bem com sua comunidade até a morte, são importantes e tem funções até o fim.
Alguém poderia dizer que a razão mudou, agora casa-se por amor, neste caso temos um problema, amor é algo com várias definições e muito volátil. Se realmente os casamentos, de agora em diante, forem baseados no amor, então serão breves e com bastantes turbulências. Poucos serão capazes de mantê-lo por muito tempo. Amor não gera compromisso, gera conveniência, podemos amar vários parceiros numa vida, e portanto o casamento “para sempre” será cada vez mais raro.
Não quero acabar com o casamento, ele já acabou, as bases para sua sobrevivência vem sendo derrubadas há séculos e afirmo que atingiu seu ápice neste ponto, no casamento real inglês. Começaremos a ver uma diminuição destas uniões e consequentemente o fim delas no futuro. Não precisamos mais de uma família para transferir heranças, as mulheres já trabalham e tem condições de viverem sem os homens, alias não precisam deles nem mais para procriar. O dinheiro traz segurança nas sociedades moderna, ou seja, mulheres não precisam mais de homens para cuidar da prole, casamento não é mais uma imposição social, ele é agora apenas fantasia no imaginário popular, como o teatro, alias todo este casamento inglês não parece um teatro, tudo tão ensaiado e lindo, palco, atores, segurança, roupas, pacote completo.
Viva a fantasia teatral do casamento, somente assim mesmo para lembrarmos daquele tempo remoto e perceber que não precisamos mais dele. Viva os relacionamentos sinceros, cheios de paixão e que não vivem num mundo fantasioso, o mundo real é bem mais complicado. Sem amarras, os relacionamentos precisarão se reinventar a cada momento, desafios a cada dia e um parceiro para reconquistar a cada instante.
Bem vindo ao mundo real

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Homem: bom ou mal?

Como o texto anterior de Marcela me fez pensar muito. Percebi que meu comentário ficaria grande demais, então resolvi escrever outro artigo.
O que é bom? O que é mal? Estes conceitos foram estabelecidos em nossa sociedade no início do cristianismo. Não existia o conceito de bom ou mal antes de cristo, ou não existia um padrão, o homem fazia o que deveria ser feito dependendo da ocasião, portanto o bem ou o mal não existem, são criações da sociedade, imposto principalmente pela religião para controlar o aumento de população nas cidades e nos conglomerados urbanos. Assim estabelecemos a moralidade. No último livro lido aqui na Liga, Cachorros de Palha, o autor nos mostrou bem isto, deem uma olhada: http://ligadavirtude.blogspot.com/2010/09/cachorros-de-palha-3-capitulo-os-vicios_29.html
Nietzsche, também, relatou brilhantemente este fato em Zaratustra, também bastante comentado em textos passados aqui da Liga, então esqueça estes padrões morais.
Tirando isto, nos sobra uma constatação: que o homem é capaz de qualquer coisa, assim como qualquer outro animal, e não tem problema nenhum nisto, todos os seres vivos são capazes de qualquer coisa para sobreviver. É uma lei natural, portanto como pode estar errada?
Volto a tocar neste ponto, somos produto do meio e o meio determina nosso comportamento. Já matamos e continuamos a matar crianças, na China (quando nascem mulheres), na Costa do Marfim e Ruanda (guerras étnicas) ou em qualquer outro lugar. O homem mata sim e quem disse que isto é mal? O que quero dizer é que não existe padrão para certo ou errado, matar para sobreviver é errado? Tudo depende do referencial e este julgamento é temporal e transitório, muda-se de tempos em tempos.
Quanto ao episódio do Rio de Janeiro, não venham inventar mentiras ou calúnias contra o rapaz, é obvio que seus motivos foram absurdos, o ponto não é este. Ele fez o que achou certo em seu referencial de vida, não me parece que tinha nenhum problema mental. Ficamos procurando problemas mentais nas pessoas que fazem as coisas diferentes para não enxergar uma verdade: todos nós poderíamos ter feito aquilo dependendo da ocasião ou do referencial cultural inserido.
A sociedade estabelece alguns referenciais e devemos ser punidos quando caminhamos contra, assim ordena-se uma sociedade através das leis. A vontade individual não pode ir contra a social quando interfere na liberdade de outro membro desta. Emmanuel Kant nos mostrou bem isto.
Não podemos ser ordenados por moral, brigo sempre contra este conceito, devemos ser cobrados pelas leis estabelecidades em cada sociedade, logo um ser totalmente amoral (não sei bem se é possível isto) pode ser um cidadão brilhante, ele deve ser cobrado pelo seu deveres e não por sua religião ou qualquer outro conceito moral.
Portanto, vamos esquecer religião, moral, problemas mentais, diabo, Deus e pensar em como nossa sociedade tem nos tratado, como nosso comportamento é determinado por ela, ela deve procurar suas respostas dentro dela mesma. Não se excluam colegas cidadãos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Sombra e A Maldade

Quando já certa de que nenhum ato cometido por seres humanos poderia chocar-me, sou surpreendida por imagens perturbadoras de crueldade. Não me refiro ao, tão explorado pela mídia, massacre de Realengo, mas a tantas outras cenas de violência que assistimos quase diariamente nos telejornais. Cenas estas que nos fazem pensar como o homem é mau. Será essa maldade natural ao ser humano? Se olharmos a história da humanidade, escrita sobre sangue e cadáveres, teremos certeza que sim. Por outro lado, sabemos de histórias sobre pessoas capazes de sacrifícios para ajudar outras em situações críticas (a exemplo dos brasileiros que viajaram horas de carro para levar água, comida e auxílio aos japoneses mais atingidos pela tragédia recente). Então o ser humano pode ser bom.

No caso do assassino de Realengo, há o atenuante do transtorno mental, o que não ocorre com os policiais que torturaram e friamente atiraram à queima roupa em um adolescente de 14 anos indefeso. Atiraram por 4 vezes no tórax do menino que teimou em não cair e insistiu em continuar vivo. Então o ser humano pode ser mau? Sim, infinitamente cruel. E a insanidade muitas vezes não justifica a maldade. Somos seres muito complexos, repletos de dualismos. Possuímos bondade e maldade naturais em nossa personalidade, entre outras características aparentes ou não. Desde pequenos somos “moldados” para reagirmos da maneira esperada e para assumirmos personalidades que atendam as expectativas sociais. Deste modo, ocultamos, de maneira inconsciente, sentimentos que consideramos inapropriados e, assim, é formada a chamada sombra. A sombra é, de maneira geral, um segredo que guardamos de nós mesmos e do mundo, aspectos inconscientes de nossas vidas e personalidades, mas que em algum momento manifestam-se. Momentos de descontrole nos quais falamos e fazemos coisas, nas quais não nos reconhecemos, geralmente, são manifestações da sombra.

A maldade existe em todos nós, só que suprimimos suas manifestações de maneira consciente ou inconsciente, por medo das consequências do ato ou pelo desejo de sermos virtuosos. Contudo, algumas pessoas, por razões diversas internas e/ou externas, deixam-se tomar pelo prazer da maldade e ainda encontram justificativas para seus atos. Guerras, massacres, roubos, homicídios, entre outros, são sempre justificáveis por aqueles que os cometem.

Todos, em algum momento da vida, descobrem que não são tão bons quanto pensavam (ou tão maus). Negar a existência da maldade em nós não nos ajuda a lidar com ela, precisamos descobrir e aceitar que somos seres dotados de maldade e bondade, e que podemos, em sã consciência, escolher qual predominará em nossas vidas. Não podemos nos desfazer de nossas sombras mas, ao tomarmos conhecimento dela, podemos escolher o que manter sob seu véu.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O PAI DO HOMEM

Todos sabem que não gosto de publicar textos de não membros do blog, mas achei bastante interessante este e deixa para discussão.

Depois de ler o que pude, ouvir o rádio e ver a TV, peguei meu carro, era dia de folga, jornalista folga de quinta-feira, fui até a oficina, vi os dois Weber que colocaram no Meianov, ligamos o carro, o motor ficou com um ronco legal, depois descemos lá onde eles fazem funilaria e pintura, a peruinha já está toda raspada, sem motor, descobrimos a cor original. Descobrir a cor original de um carro de 55 anos é algo emocionante para quem gosta deles, dos carros. Foi arrancar o forro do teto e lá estava o azul, Azul Firenze, segundo o amigo das cores, intocada a pintura, uma coisa bacana, ajuda muito na restauração, mesmo que o Azul Firenze não seja lindo, eu tinha a ideia de fazer creme e vinho, ou branco Lotus e azul-marinho. Mas ela era azul, ora bolas, e se nasceu assim, que continue assim. Acho que será azul, e também encontrei o número do chassi, é umas das únicas 173 fabricadas em 1956, creio que o mais correto seja mesmo fazê-la como era quando saiu da fábrica e tal.
Depois fui ao centro da cidade, com um trânsito curiosamente bom, atrás de um emblema e de umas calotas, o trânsito curiosamente bom.
As irrelevâncias nos movem. Tudo que fiz hoje foi irrelevante, ver uns carburadores, descobrir uma cor, procurar uns emblemas e umas calotas. Foi tudo que consegui fazer. Mergulhar na irrelevância e na indiferença.
O rapaz que entrou na escola atirando não se encaixa em nenhum perfil que permita esbravejar. Até onde se sabe, não era traficante, ladrão, fugitivo. Não era militante de nenhum partido, não lutava jiu-jítsu, não era um skinhead, não pertencia a nenhuma torcida organizada. Até onde se sabe, não usava drogas, não bebia, não era pedófilo, não era evangélico, não era muçulmano, não era judeu, não era cristão, não era xiita, não era sunita, não tirava racha na rua, não tinha suásticas tatuadas na pele, não pertencia a nenhuma seita, não era gótico, não era punk, não ouvia Bossa Nova, não usava piercing, não era rico, não era pobre, não era gordo, não era magro, não estava em liberdade condicional, não tinha passagem pela polícia, não vivia no Complexo do Alemão, não era do Jardim Ângela, não morava numa cobertura da Vieira Souto, não era nada. Segundo sua irmã, ele era estranho.
Estranho.
Seu nome era Wellington de Oliveira, um nome bem brasileiro, há milhares de Wellingtons, Washingtons, Andersons. O Brasil tem um estranho fascínio por W e por nomes que terminam em “on”. Wanderson, Jackson, Jobson, Richarlyson. Ele era um Wellington de Oliveira.
Quando não se pode culpar traficantes, fugitivos, ladrões, militantes, lutadores, skinheads, nazistas, torcedores organizados, drogados, cristãos, bêbados, pedófilos, muçulmanos, góticos, magros, evangélicos, rachadores, punks, gordos, xiitas, ricos, pobres, nem o prefeito, nem o governador, nem a presidenta, nem o ministro, nem o secretário, nem a polícia, nem o senador, nem o deputado, nem a diretora da escola, nem o médico, nem o professor, culpamos quem?
Culpamos quem?
Quando não podemos culpar ninguém, chegou a hora de assumir o que somos. Uma espécie fracassada, violenta, agressiva, condenada à extinção. Uma espécie habituada à barbárie, e que não se imagine que “nos transformamos em”. Sempre fomos assim, indecentes, obscenos, há séculos nos matando em guerras, inquisições, pogroms, chacinas, massacres, genocídios, atropelamentos, assassinatos, latrocínios, torturas, execuções. E pragas, pestes, terremotos, incêndios, tsunamis, deslizamentos, enchentes. Um moto-contínuo de mortes, mortes, mortes, e vinganças, vinganças, vinganças, ódio.
A criança é o pai do homem. Guardo um pequeno cartão com essa frase no meu carro, há anos está lá, era o convite da formatura do meu mais velho no pré-primário. Não o guardo como mantra ou guia espiritual. Está lá porque está lá, porque o carro que nos levou à formatura do pré ainda está comigo, e lá ficaram o cartão e a frase. De vez em quando uso o cartão, de papel de alta gramatura, cartolina, talvez, porque quando o vidro sobe levanta uma rebarba da forração da porta, e o cartão serve para colocar a forração no lugar. É um uso banal, irrelevante, coloco o cartão entre o vidro e a forração da porta, e tudo fica no lugar, tudo volta ao seu lugar. Um uso banal e irrelevante, mas que me faz ler essa frase todos os dias, ou, pelo menos, quando preciso colocar a forração da porta no lugar.
A criança é o pai do homem.
Wellington ajudou a nos matar mais um pouco hoje. É um erro, Wellington, matar-nos aos poucos. Da próxima vez, Wellington, mate-nos a nós, direto, sem intermediários.
Mate o homem, Wellington, não seus pais.
http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2011/04/07/o-pai-do-homem/
Flávio Gomes

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Existe mesmo empresa privada no Brasil?

A pergunta poderia ser outra: existe alguma empresa verdadeiramente independente do estado no Brasil.
Parece que para uma empresa crescer, se desenvolver e criar notoriedade em algum momento ela precisará das mãos do estado brasileiro e assim entrar na cúpula do poder. Em algum instante precisará de um financiamento do BNDES, ou um terreno novo, ou uma liberação especial ou autorização para funcionar, tudo perfeitamente legal, não é? Conhecemos bem nosso país.
A burocracia estatal serve seus fins, o de engessar a todos e demonstrar que ninguém é verdadeiramente livre no país, quem manda são os políticos e mais ninguém. E a eles devemos favores, muitos deles.
Agora acordamos com uma notícia totalmente absurda para um país que se acha democrático e de livre iniciativa: Guido Mantega consegue, finalmente, tirar Roger Agnelli da presidência da Vale. Ora bolas como um ministro de estado pode ter tanto poder e influenciar o que acontece nos bastidores de uma empresa privada. Uma pergunta surge logo a minha mente, a Vale é mesmo privada?
Detectamos, neste caso, um erro tremendo nas privatizações do governo FHC, permitiram que fundos de pensão de empresa estatais participassem e com isto, de certa forma, estas empresas continuam indiretamente ligadas ao estado.
Como vamos criar um ambiente de competitividade desta forma? Dilma deu um grande passo para traz. Vinha admirando suas primeiras atitudes e coragem, coisa que faltou no ultimo governo, mas bastou encontrar novamente o Deus “Lula” que tudo desandou.
E os empresários? Devido à falta de independência do estado, ficam calados, assistindo a tudo de longe.
Não consigo ver luz no fim deste tunel e olha que venho tentando a bastante tempo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sobre Amor e Paixão

O que é o amor? Certamente, a grande maioria das pessoas tem uma resposta para esta pergunta baseada em experiências pessoais e idéias próprias. Mas o que dizem os especialista a respeito deste assunto? (Sim, existem muitos estudiosos sobre o amor e a paixão além de experimentos científicos para auxiliar no desvendar destes sentimentos).
Buscando respostas, encontrei contradições e deparei-me com a inexistência de um consenso. Inclusive, há pesquisadores que tratam amor e paixão como um mesmo sentimento. Particularmente, descordo desta idéia.
A paixão é o resultado de uma "descompensação" de neurotransmissores: elevação de dopamina e/ou noradrenalina (responsáveis pela excitação - todos os principais vícios estão associados com elevação de dopamina) e redução da serotonina ( neurotransmissor do prazer). A porção do cérebro responsável pelo desejo de recompensa é ativado, por isso, a pessoa apaixonada torna-se obcessiva por sua recompensa (aquela pessoa que eleva seus níveis de serotonina). Por esta razão, a paixão é tratada também como uma obsessão por alguns autores.
Um estudo visando avaliar o cérebro dos apaixonados, comparou as atividades cerebrais de pessoas saudáveis que não estavam apaixonadas, apaixonados confessos e pacientes portadores de transtorno obsessivo-compulsivo, e descobriram que os dois últimos grupos apresentam alterações semelhantes na atividade cerebral.
Apesar da definição não ser consenso, todos concordam que a paixão tem prazo de validade (por volta de 2 anos), que é responsável pelo distanciamento da razão e turvação da visão, pois, só quando a euforia da paixão abranda o (ex)apaixonado consegue realmente enxergar o outro. Quem nunca ouviu: "ele(a) não era assim quando o/a conheci"? Não se encontra controvérsias, também, quanto à paixão ser involuntária e incontrolável.
Para os estudiosos que separam esses sentimentos, só após o fim da paixão pode surgir amor verdadeiro mas este não depende de paixão prévia para acontecer. Outras divergências surgem quanto ao caráter volitivo ou involuntário do amor. Para alguns, o amor é uma escolha inconsciente pois, por mais que se identifique algo no jeito de ser, de sorrir ou na aparência do amado que agrade, nada disto explica a origem do amor. Outros autores assumem que o amor é uma escolha consciente, reunindo razão e emoção.Contudo, esta visão limita-se aos casais que, após o fim da paixão, decidem construir o amor, não abrangendo o amor que surge sem o estágio da paixão.
A paixão é um evento fadado ao fracasso. Uma fixação por um ser perfeito criado pela ilusão romântica e com prazo para expirar. Alguns autores afirmam tratar-se de um instinto natural humano na busca de parceiros para a cópula e manutenção da espécie, tendo em vista os estímulos sexuais intensos provocados por uma paixão.
O amor não nos priva da razão nem da visão plena, talvez aí esteja o segredo de sua maior longevidade. Conhecemos os defeitos do outro (e ainda assim amamos), não somos enganados pela fantasia de perfeição, não há o desejo de fundir dois seres em um (uma das maiores frustações dos apaixonados) pois olhamos o outro em sua individualidade e encontramos razões para amá-lo (mesmo que não justifiquem o surgimento do amor).
Acredito que a razão nos permite selecionar critérios mínimos para nos interessarmos por alguém mas o amor não depende só disso. Mesmo sem a euforia e a obsessão da paixão, o amor também tem a sua química, a química, ainda misteriosa, da compatibilidade. Dentre muitas explicações relativas ao amor e à paixão, não é possível encontrar nenhuma que ajude a entender porque uma pessoa é a "escolhida" entre tantas outras. Muitas pessoas podem atender aos nossos critérios racionais de escolha de parceiros, contudo, só aquela pessoa desperta a vontade persistente de estar perto e mesmo certos de que podemos viver bem sem sua presença, a certeza é de que a vida pode ser bem melhor ao seu lado. Ainda não há explicação para esta escolha.
Concordo com a teoria do amor involuntário, assim como a paixão, mas ao assumirmos o amor podemos deixar de ser objetos para nos tornarmos sujeitos de nossas histórias.
"...o amor é indissociável de um certo não-saber. Apresenta-se como um enigma e nunca se deixa decifrar totalmente." - Betty Milan

segunda-feira, 21 de março de 2011

Desastres Naturais

Bastou acontecer mais um desastre natural para os supersticiosos, religiosos, lunáticos, conspiracionistas e todo tipo de crendice aparecer para tentar arrematar seguidores pelo mundo a fora. É impressionante como muitos acreditam, chocados pelas imagens, pois não conseguem explicar o acontecido.
Vamos separar um pouco as coisas e tentar analisar os fatos sem emoção e sem perplexidade.
Primeiramente, vamos acabar de vez com a ideia de ação divina, ora bolas, que mal o Japão fez para alguém. Um país de paz, onde mora um povo extremamente humilde, trabalhador, honesto e também bastante religioso. Não sei se os religiosos conseguirão encontrar motivos divinos para uma tragédia ao povo japonês, mas lanço o desafio.
Descartada esta primeira hipótese, vamos à segunda: Aquecimento Global e reação da natureza a ação humana. Sou partidário da causa, sempre fui, sou sócio do Greenpeace e do WWF Foundation, no entanto não vamos colocar as coisas de forma irresponsável e fora de propósito. Terremotos são causados por movimentos nas placas tectônicas que movem-se desde que a terra foi formada a 5 bilhões de anos atrás. Gostaria que algum espertinho ou algum cientista possa estabelecer uma relação entre ação humana e aquecimento global a movimentação anormal das placas tectônicas. Esta teoria eu gostaria de ouvir por ai.
Terceira e que será bastante proferida nos próximos dias será a do fim do mundo, seria o começo das previsões Maias e etc., etc. e etc. 2012 vem aí, dirão outros. Bem, esta prefiro nem me aprofundar muito, digo apenas o seguinte: se existe mesmo destino escrito e que tudo não passa de uma novela orquestrada por Deus, ele é um bom de um sacana. Como pôde criar o mundo, e ter tanto trabalho para determinar tudo, escrever cada detalhe e, ainda, planejar seu fim. Neste caso, Deus que me perdoe, mas foi tudo uma tremenda sacanagem divina.
Prefiro não acreditar em nenhum dos absurdos acima e apenas dizer que a terra está em movimento, tudo na natureza sempre esteve e sempre estará em constantes mudanças e acomodações, portanto aguardem os próximos episódios trágicos, é só uma questão de tempo.
Se esqueci de alguma outra teoria, favor relembrá-la abaixo.

Quase ia me esquecendo, minhas sinceras condolências ao povo japonês que admiro muito.