terça-feira, 12 de maio de 2020

O problema do conservadorismo político


Seria bom começar o texto deixando claro que todo ser humano existente tem o direito de ser homofóbico, racista, nazista, fascista, comunista, liberal, conservador e seja lá o que for em sua vida privada. A liberdade individual PRIVADA é um direito inalienável e não negociável. No entanto quando este desejo se torna político e social a coisa é bem diferente, pois neste caso, envolve o princípio básico da liberdade, ela vai até onde começa a do próximo, e ninguém pode querer impor suas verdades aos outros, em nenhuma hipótese possível. Percebe-se também que o conservadorismo não consegue separar isto no aspecto econômico, e entra em choque direto com princípios liberais fundamentais do capitalismo.
Primeiramente devemos separar o conservador privado, do político. Todo ser humano tem o direito de ser conservador, de defender a manutenção das instituições sociais tradicionais no contexto da cultura e da civilização, de ser cristão, judeu, ou qualquer outra religião e é um dever da sociedade defender o direito dele de ser assim na sua vida privada. Entretanto parece que um conservador por entender, em grande parte, que suas ideias são amparadas nas religiões e de certo modo ter um apelo absoluto ou divino, não consegue mantê-las como ideias privadas e tende a apoiá-las no aspecto político e social.
Neste momento ele cria um problema para si e para a sociedade como um todo, pois não existe liberdade quando há uma imposição política de como cada indivíduo deve viver sua vida privada. Neste ponto ele tem que ter cuidado para não se tornar totalitarista.
No aspecto econômico, um conservador começa a criar inimigos externos, onde a princípio não existem, e tende a levar suas verdades individuais a nível social e econômico restringindo seus negócios, e que, de certa maneira, prejudicam a sociedade como um todo, pois limitam sua capacidade econômica de se desenvolver e de avançar em todas as direções possíveis. Exemplos não faltam em governos conservadores.
Todos podemos e devemos fazer nossas escolhas individuais, no entanto, temos que lembrar que elas são individuais e que o outro também tem o direito de escolher o outro lado, mesmo que uma das partes seja minoria na sociedade. Uma sociedade sadia e que busca diminuir o conflito entre seus cidadãos, deve ser baseada na busca da liberdade individual, seja ele minoria ou não, isto não importa.
Contrariando o pensando de alguns conservadores que acreditam que as tradições cristãos-judaica e também da visão da família (homem, mulher e filhos) como base da sociedade moderna e capitalista, temos diversos exemplos de países capitalistas com alta renda per capita que não seguiram a linha conservadora e sim a liberal como Canadá, Suécia, Finlândia, Suíça, Dinamarca, Noruega, Holanda, estes são países com alta aceitação das minorias, fugindo e muito das tradições relatadas acima. Muitos são ateus em sua maioria e não seguem as tradições da "família cristã". Temos também o desenvolvimento recente e rápido do capitalismo no oriente que é, em muito, diferente das tradições culturais e religiosas do ocidente. Portando não é verdade que a tradição conservadora que foi a responsável pelo desenvolvimento do mundo moderno e ocidental, e sim a liberdade individual, difundida principalmente após a Carta Magna (Grande Carta das Liberdades) na Inglaterra de 1215.
A liberdade sempre foi o princípio básico do mundo ocidental e capitalista e não as tradições culturais e religiosas como pregam os conservadores. Duvido muito que um conservador consiga se tornar um liberal economicamente como afirmam, simplesmente porque a liberdade capitalista não pode se limitar a tradições ou restrições sejam lá quais forem. O sistema capitalista é baseado num mercado livre sem limitações ideológicas que atormentam todo conservador político. Não existe meio liberal, ou somos liberais em ambos os aspectos sociais e econômicos ou somos conservadores.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

TEMPOS DIFÍCEIS

Publicada em 24/10/18

Paneladas, gritos, agressões, Fake News, mentiras, manifestações de ódio e de hipocrisia, vimos de tudo nestes últimos meses. Passado o 1 turno da eleição nos colocaram a escolher entre a Cruz e a Espada.
Estamos a 4 dias de escolher entre nossa liberdade financeira e a liberdade de nossas vidas.
O país enganado pelo ódio ao Petismo, totalmente compreensivo, vai colocar no poder um inepto, totalmente controlado pelas forças armadas. Para quem não estudou história, em 1964, milhões foram as ruas, comandados por um padre, dar apoio aos militares com bandeiras escritas de: Família, Pátria e Deus. Mera coincidência, não?
Nos fizeram esquecer do candidato Bolsonaro, ninguém sabe quem ele é, ninguém sabe no que é capaz de fazer ou não fazer. Só se sabe que ele é o ANTI-PT. Basta.
Não se enganem, teremos 4 anos de um governo militar, dos 15 ministérios esperados já foram anunciados 7 militares. Não questiono a capacidade deles, mas foram treinados para guerra, não estão acostumados ao contraditório. Não estão mais velando suas intenções, estão dizendo para todos: os militares vão assumir o poder.
Para quem não entende bem isto, estamos entrando numa era de ameaças, de perdas de liberdade individual, de fim da liberdade de expressão e de repressão, foram treinados para isto, não sabem como reagir de outra maneira a uma derrota num congresso, por exemplo. O vice já disse que vão governar em nome do povo e não do congresso, ora, quem é o congresso num estado democrático?
Realmente não podemos colocar o PT novamente no poder, por inúmeras razões, mas é bom deixar claro que a opção apresentada do Antipetismo, colocada ai por 46% do votos, foi a pior possível.
O que fazer diante disto? Não sei, temos os 2 piores candidatos da história de uma democracia nova como a nossa e qualquer um dos caminhos será árduo, complexo e sujo.
Em prol de uma liberdade econômica, estaremos abrindo mão de nossa liberdade individual.
Votando em Bolsonaro estaremos vendendo nossa alma ao Diabo para fugir de um satanás.
Tempos difíceis.

Save the Planet, not the humans


Temos vividos tempos de debates intensos sobre o tal aquecimento global, sobre o pulmão do mundo, a Amazônia, ferozes são os adeptos de ambos os lados, que travam um debate intenso, com distorções de dados científicos para todos os lados, mas todos focados na sobrevivência das futuras gerações humanas sobre este planeta chamado Terra.
Desde os primórdios o Ser Humano teve uma relação, com a fauna e flora do planeta, de muito respeito e convivência pacífica, pois sempre se enxergou como parte do ecossistema e da natureza, tribos antigas sempre tiveram uma relação de convivência harmônica colocando a preservação de outros animais, assim como da flora, como algo importante para sua própria sobrevivência. Percebemos isto em todos os estudos sobre sociedades antigas baseadas em atividades de caçadores-coletores que exercemos durante milhares de anos.
Isto ocorreu até a elevação do ser humano a potência de um Deus, a partir do momento que nos enxergamos como criação principal de um único Deus maior, criados a imagem e semelhança deste, nos tornamos importantes demais para respeitarmos o que quer que seja neste universo. O que importa agora é a sobrevivência dos filhos de Deus, pouco importa a vida de outros seres vivos, tudo a nossa volta foi feito para nosso deleite, para nosso desfrute, para nos servir.
Este nova imagem do mundo e do papel do Ser Humano nos trouxe um novo mundo e mudou para sempre nossa espécie. Não só nossa relação com a natureza mudou, mas principalmente nossas relações entre si, nosso “eu”, nossa sociedade e nossa concepção de mundo. Todo um novo mundo foi descoberto e a soberba humana foi elevada a um grau jamais imaginado.
Nossa visão de que fazermos parte de algo maior acabou, agora somos os donos.
Toda a nossa discussão sobre se existe ou não aquecimento global, se devemos ou não preservar a Amazônia, parte de um único ponto principal: a sobrevivência humana. Nada mais importa contanto que sobrevivamos. Claro, somos os únicos donos deste mundo que foi criado unicamente para a vida dos descendentes de Adão e Eva.
Esta visão permeia o debate global e não nos permite entender como funciona todo o ecossistema terrestre, nem como esta visão se torna míope e extremamente egoísta em relação a tudo que estamos fazendo com nosso planeta.
A moral humana só existe enquanto o Homem é o centro, nada mais importa.
Inúmeros seres vivos foram extintos nos últimos séculos, inúmeros, mas isto pouco importa, não precisamos deles para sobreviver, enquanto animais selvagens estes não geram provento econômico a raça humana. Inúmeros ambientes vegetais também foram dizimados, já que enquanto floresta ou terra inabitáveis aos humanos, têm pouca importância. Arvores, rios, terras pouco amigáveis ao animal humano, são, em si mesmas, desperdícios de recursos naturais sem geração de riqueza e desenvolvimento humano, portanto devem ser exploradas em prol das comunidades humanas ali existente.
Este visão mecanicista da natureza e por que não, antropocentrista, torna frágil qualquer discussão atual sobre o tema e, no mínimo, pobre em argumentos de ambos os lados. O debate agora se tornou ideológico, vejam só, direta x esquerda, mas sempre com o foco no poder humano sobre tudo. Não estamos preocupados com o planeta ou com a Amazônia, não estamos preocupados com outros animais, pouco nos importamos com árvores ou o resto da vida por aqui. Queremos saber se podemos sobreviver, nisto a tecnologia nos entorpece de saídas e nos fornece alívio. A ciência sempre nos salva.
Ora, quão rico de virtudes são os seres humanos, eles são sempre a resposta para todas as suas perguntas. São a verdade em si, tudo só existe mesmo dentro de sua ideia de universo, não é Descartes (René)?
Save the humans

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Sobre Brumadinho e o papel do estado

Eu discordo de quase tudo que venho lendo sobre a tragédia de Brumadinho. Parece que a impressa e a opinião publica estão mais interessadas em achar um culpado que realmente descobrir um meio para que isto jamais ocorra novamente.
Na verdade, este episódio em muito se parece com o problema da segurança publica no Brasil. A imprensa, assim como a população pedem e repetem o jargão, de que há falta policiamento nas ruas, que não temos policiais suficientes e blá, blá, blá, quando na verdade não sabem ou tem preguiça de pensar um pouco para entender o problema como um todo.
Segurança, assim como fiscalização de obras, auditorias do fisco, ou seja, todo o complexo sistema de regulação e fiscalização de um governo não deve se dá por um processo ostensivo, que exige milhões de formulários, preenchimentos de guias, autorizações de todo tipo e muita, muita burocracia mesmo. É isto que queremos no caso da mineração? É isto que queremos quando vamos construir uma casa, montar um negócio? Não e nem precisamos disto.
O sistema burocrático que permeia todo um funcionalismo público brasileiro cria a perversa ideia de que o estado é responsável por tudo e que ele deve ser o indutor de tudo numa sociedade, este modelo está falido, nunca funcionou e jamais funcionará justamente porque o estado teria que ser grande demais e sufocaria toda sociedade. Esta ideia está totalmente equivocada e não parte de princípios de uma sociedade realmente livre e responsável.
Isto vale também nos aspectos familiares, quando nossos filhos querem ir a uma festa, pedimos a lista dos convidados, ligamos para os amigos, exigimos formulários a eles sobre o evento e etc., etc., etc.? Não é assim que as coisas funcionam, nem devem funcionar.
Liberdade gera responsabilidade. O que precisamos criar são leis duras, gerar o medo da punibilidade severa em caso de descumprimentos de regulações e normas e fazer com que as pessoas e as empresas criem seu senso de responsabilidade para com seus atos, assim como fazemos com nossos filhos.
Sei que muitos vão me criticar pelo excesso de confiança nos empresários e nos brasileiros, mas isto funciona, é assim em praticamente todo o mundo desenvolvido. Não existem muitos fiscais, não existe burocracia, existe sim, leis rígidas e duras e a certeza da punibilidade em caso de descumprimento desta.
Não precisamos de muitos policiais nas ruas, nem de muitos fiscais da receita federal, nem de aumentar o quadro da agência reguladora de mineração. Precisamos criar um ambiente de certeza de punibilidade em caso de descumprimento, a sensação desta, cria o medo e a vontade de andar corretamente. Sabemos que é impossível colocar um PM em cada esquina do país para acabar com os crimes, mas se investirmos na investigação, no pós crime, na certeza de que todo crime cometido será apurado, investigado e severamente punido, como acontece em vários países, o criminoso começará a pensar 3 vezes antes de cometer um crime, e não precisaremos de polícia ostensiva.
Espero sinceramente que este episódio não traga mais burocracia, mais funcionários públicos, mais requerimentos, mais autorizações, mais estado, pois este não é o caminho. Não queremos mais estado, queremos mais liberdade e punibilidade severa para quem não cumprir as regras estabelecidas.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

TRISTE ELEIÇÃO

Esta eleição está expondo o que há de pior nas pessoas de ambos os lados e tem me deixado estarrecido. A liberdade individual é uma conquista inalienável, o mundo será pior sem ela, as pessoas serão piores sem ela.
“É exatamente por isso que qualquer regime que busque impor a homogeneidade deve necessariamente se voltar contra o mercado e a favor da coerção. Vale lembrar que o Partido Nazista, no início, incentivava apenas apenas boicotes pacíficos a estabelecimentos comerciais judaicos, protestos com cartazes na frente das lojas, e outras ações similares, e deu instruções explícitas para que ninguém fosse agredido. Isso não funcionou. As Leis de Nurenberg foram uma medida desesperada para resolver o "problema" de o mercado não ter excluído as pessoas.”
Querer levar a sociedade a uma homogeneidade da maioria é ir contra a própria constituição da sociedade moderna.
“Retroceda no tempo e pense no fim das guerras religiosas. Os pensadores do Iluminismo propuseram que a solução para as diferenças religiosas não era a queima de hereges e a imposição de um credo oficial, mas sim permitir que as pessoas acreditassem no que quisessem desde que não agredissem as outras. E o sistema funcionou. De quantas maneiras diferentes essa ideia de liberdade funcionaria? Gradualmente, esse conceito de liberdade passou a influenciar os discursos, a imprensa e o comércio. No fim, levou à ampla emancipação dos escravos e das mulheres. Criou um mundo novo, no qual o poder do estado foi restrito e contido, e desmantelou o antigo mundo baseado em uma hierarquia compulsória.”
Cada cidadão deste planeta tem o direito de viver de acordo com suas crenças, com sua opção sexual, de fazer o que bem entender de sua vida privada. Suprimir minorias é o equivalente a um atentado terrorista, é querer suprimir vontades individuais, digo individuais e que não dizem respeito a vida pública.
“Em contraste, a postura mental de que a homogeneidade é uma condição necessária leva a uma série de estranhas obsessões sobre conflitos intermináveis na sociedade. Você começa a exagerá-los em sua mente. Parece que você está cercado por uma infinidade de guerras insolúveis. Há uma guerra entre negros e brancos, homens e mulheres, gays e heteros, cristianismo e islamismo, pessoas com e sem deficiência, "nosso país" versus "o país deles", e assim por diante. Esta é a mentalidade típica que une a extrema-esquerda e a direita nacionalista.
E, adivinhe só? Se você constrói um estado grande, que a tudo deve regular, esses conflitos realmente parecem ser mais reais do que são, simplesmente porque o estado joga as pessoas umas contra as outras. Você começa a odiar um grupo porque seus membros não votaram em seu candidato, porque eles recebem mais dinheiro de impostos, ou porque eles defendem várias formas de restrição à sua liberdade. Graças a esse estado intervencionista, você sente como se estivesse cercado por inimigos e mal enxerga a possibilidade de compreensão humana.”

O FIM DE UMA RELIGIÃO

Vamos aos fatos que já temos do caso João de Deus:
- O centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola é um centro referenciado mundialmente e é frequentado por centenas de espíritas diariamente, no site do centro está bem claro que médiuns famosos foram responsáveis pelo centro, vejam nota tirada do site abaixo:
“Em 1978, as Entidades enviaram uma mensagem ao médium João Teixeira de Faria, através de seu amigo Francisco Cândido Xavier (o médium Chico Xavier). A mensagem psicografada, ditada pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes, designava a cidade de Abadiânia, em Goiás, para o estabelecimento do centro. A mensagem dizia ainda que a área deveria ter acesso a uma cachoeira.
O médium João começou sua busca pelas terras e, em 1993, Chico Xavier psicografou outra mensagem de Bezerra de Menezes, destinada a João de Deus, confirmando a cidade de Abadiânia como o recinto da sua missão.”
Sim, é isto mesmo o médium mais famoso do Brasil não só frequentava como também foi um dos fundadores.
- Vamos a definição da chamada doutrina espírita:
“A doutrina espírita é baseada em cinco "obras básicas", chamadas de Codificação Espírita, publicada por Kardec entre 1857 e 1868. A codificação é composta por O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Somam-se ainda as chamadas obras "complementares", como O Que é o Espiritismo?, Revista Espírita e Obras Póstumas. Mesmo não sendo reconhecida como ciência, seus adeptos consideram-no uma doutrina de cunho científico-filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem e acreditam na existência de um Deus único, na possibilidade de comunicação útil com os espíritos através de médiuns e na reencarnação como processo de crescimento espiritual e justiça divina. O espiritismo também é conhecido por influenciar e promover um movimento social de instituições de caridade e saúde, que envolve milhões de pessoas em dezenas de países.”
A doutrina é baseada na comunicação com os chamados espíritos de luz buscando crescimento espiritual e justiça divina, isto mesmo que vocês ouviram JUSTIÇA DIVINA.
Tem como fundamento principal a frase: Quem semeia o bem, colhe o bem. Quem semeia o mal, colhe o mal.
Também temos como base da doutrina a seguinte frase: “Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade, nem o fazer visando a segundas intenções. Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
Constatações sobre o ocorrido:
Milhares de pessoas frequentam diariamente o centro em busca de curas milagrosas de inúmeras enfermidades e esta cura é baseada na presença dos chamados espíritos de luz.
Centenas de espíritas ajudam na caridade promovida pelo centro, encarnando os espíritos de luz visando fazer o bem e promover a caridade
Com base nestes dados precisamos entender e ter algumas questões respondidas com urgência, pois a cerne da doutrina ou religião foi seriamente atacada, na verdade foi fatalmente confrontada:
Como um centro espírita referenciado mundialmente, frequentado por inúmeros espíritas famosos e que supostamente conversam com espíritos de luz e realizam coisas maravilhosas e divinas não foram informados por estes das coisas horrendas que seu principal condutor de luz fazia com seus fiéis?
Como os espíritos de luz que realizam coisas maravilhosas, do bem, divinas não informaram aos outros espíritas o que seu líder maior fazia debaixo da cara deles?

Sem esta resposta fica difícil a continuidade desta religião ou doutrina chamada espirita, já que sua base fundamental foi atacada de maneira certeira e fatal.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

UM REFLEXÃO SOBRE 2002 E 2018

Elegemos um mito em 2002 e estamos prestes a eleger outro. Façamos uma reflexão em caso do segundo também alcançar o poder.
Ambos foram alçados a condição de Mito, se não lembram Lula teve 66% dos votos no 2º turno, eleito sobre o slogan da esperança, qual a bandeira do novo mito mesmo? Esperança do diferente, de não fazer parte do corpo político brasileiro, alguma diferença entre eles?
Ambos tinham como qualidades a honestidade, para os que não lembram não se tinha nada contra Lula, tinha uma biografia impecável, mas tinha um extenso currículo político, igualzinho ao mito atual. O fazer diferente e com honestidade são slogans de ambos.
Ambos não tinham representação política, tanto o PT na época quanto o PSL atualmente não tinham poder para governar e foram (ou serão) eleitos para governar sem apoio do legislativo. Sabemos no que deu em 2002.
Ambos tinham eleitores exaltados, nervosos e intransigentes como se estivessem defendendo um “Deus”. Temos 5 mil anos de história humana documentada e sabemos como acabam os elevados a Deuses no poder. Guerras, conflitos, violência, imposição de vontades não são nada quando se acredita em algo superior, os homens se sentem entorpecidos com ideais, quando têm um ideal para viver, em grupo, são capazes de qualquer coisa. Mera coincidência com a realidade, não?
Ambos tinham seus nomes elevados como se fossem a ultima esperança, a ultima fronteira e solução para tudo, como se um governante ou algum governo sequer na história humana tivesse o poder de mudar a vida individual das pessoas. Cuidado se você está delegando sua felicidade a outro, está transferindo a responsabilidade sobre sua vida e seu sucesso. Não são governos que mudam o rumo de um país, são cidadão conscientes que mudam o rumo de estados, estamos invertendo as coisas, ou não?
Cuidado com as certezas que uma ideologia pode te levar acreditar, só peço um pouco de razão em nossas escolhas.
É um perigo elevarmos governantes a Deuses. Quando falta a razão, qualquer coisa pode ser colocada no lugar. Pensem nisto.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Não vou defender corruptos

Não vou defender corruptos, mas existe uma sensação de felicidade geral quando um empresário rico e poderoso é preso.
Não vou defender corruptos, mas a sociedade precisa entender que é muito difícil alguém ficar rico ou ter sucesso empresarial com um estado tão grande, sem depender dele para alguma coisa, nem que seja um alvará ou autorização para alguma coisa.
Não vou defender corruptos, mas não estamos criando atualmente as condições básicas para um país prospero, rico e poderoso.
Não vou defender corruptos, mas a corrupção é gerada pelo excesso de burocracia e de intervenção estatal em tudo que existe a nossa volta.
Não vou defender corruptos, mas quando votamos querendo tanta coisa pública e quando cobramos tantos direitos do estado, não estamos na verdade aumentando seu poder e criando um monstro que acaba nos engolindo, a todos? Que investe e gera empregos? Quem gera riqueza e faz qualquer nação progredir? Estamos criando as bases para termos Bill Gates e Steve Jobs ou para José Dirceu, Cunha e Renan?
Não vou defender corruptos, mas o que nossos jovens cidadãos querem? Oportunidade para se arriscarem, criarem coisas novas, mudarem o mundo ou um concurso público?
Não vou defender corruptos, mas quais são as causas para tanta corrupção? Estamos nos certificando em acabá-las de vez? Estamos criando as condições necessárias para termos um lugar no mundo onde se crie inovação, tenha-se curiosidade, ambição e apetite ao risco?
Não vou defender corruptos, mas esta sensação de satisfação em ver empresários ricos presos não é, no fundo, um pouquinho que seja, de inveja?

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O problema não é a educação

Temos dado um foco errado para os problemas deste país chamado Brasil. Parece que ninguém mais discorda ou tem outra opinião sobre como mudar este país, toda discussão sempre acaba na palavra: EDUCAÇÃO. Entretanto parece que as coisas não são tão claras assim.
Grande partes dos países ditos atualmente como desenvolvidos, tinham péssima educação quando começaram a se desenvolver de fato, ou seja, quando começaram a se transformar socialmente como nação, gerando desenvolvimento social e econômico.
EUA e Europa tinham péssima educação no início do século XX, a maior parte da população nem sequer tinha acesso à educação, era caro educar, nem era a prioridade na época. Na verdade, foi justamente o crescimento econômico que impulsionou a educação, assim como a democracia, o fim da escravidão, direitos das mulheres, ou seja, grande parte das conquistas sociais, inclusive a universalização da educação, veio após o desenvolvimento econômico, portanto não foi sua causa.
Estudar a história é fundamental, muitas coisas que experimentamos hoje já foi testada em algum momento da história humana e é sempre importante relembrarmos seus resultados.
Aquela história que lhe contaram na escola que a colonização na America do Norte foi diferente da exploração que sofremos por aqui, e determinou nosso status atual, não é verdade, mentiram descaradamente, mas isto é assunto para outro artigo.
Somente após haver algum crescimento econômico que a população destes países, chamados desenvolvidos, pelo seu alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) começaram a desenvolver sua educação e com isto, claramente, tiveram seu processo de crescimento acelerado. Porém o ponto não é este, não estou eliminando a importância da educação, apenas vou demonstrar que ela não é o ponto principal do processo.
Voltemos aos primórdios do capitalismo, século XVIII, início do século XIX, mais precisamente, a Adam Smith. Engraçado que o pai do capitalismo nunca mencionou a educação como fundamental para o desenvolvimento econômico, vamos relembrar sua ideia principal:
o   a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
o   Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".
o   Acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.
o   Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.
O que impulsiona o desenvolvimento de uma nação não é, nunca foi e nunca será a Educação. O capitalismo é movido por uma única força: O interesse egoísta, a mão invisível, que cria o bem-estar e desenvolvimento social.
A demanda da educação e a cobrança efetiva pelo seu aprimoramento, só começa, quando sua população percebe que sem ela seu “interesse egoísta” não trará mais riqueza. Portanto existe ai, outro fator fundamental que precisa ser criado.
A Educação tem que ser demandada e não ofertada. A demanda que gera a melhora e não o contrário.
Tenho me perguntado muito sobre as causas de países se desenvolverem e outros não e apesar da complexidade do assunto, tenho algumas conclusões diferentes de muitos estudiosos.
Bem, já sabemos a principal causa para o desenvolvimento de uma nação: o interesse egoísta de cada indivíduo de querer mais e enriquecer, de buscar o sucesso e assim desenvolver, sem querer, toda a sociedade. Mas porque em alguns países esta cultura é disseminada e em outros não.
Já discorri em alguns textos sobre estas causas e apesar de termos elementos importantes na colonização, na cultura portuguesa (cultura e não forma de colonização), no clima, nos aspectos geográficos, vou relatar agora um aspecto que nunca levei em conta antes e que nunca li a respeito: o aspecto religioso.
A religião é o principal criador de cultura numa sociedade. Reparem que praticamente todas as nações católicas tem dificuldade no seu desenvolvimento econômico (países da América Latina, hispânicos e a Itália) e isto acontece por causa da falta de incentivo destes para com o sucesso individual. Não estamos falamos do cristianismo, e sim, da visão católica deste.
Para o católico vivemos para provar algo ao divino, provar que temos condições de irmos ao seu encontro no céu e esta provação requer sacrifícios. Existem várias passagens no livro sagrado cristão que a Igreja Católica interpreta com um efeito negativo e que na verdade são a chave para o desenvolvimento capitalista. Vou destacar o sucesso e riqueza individual.
o   “ O reino do céu é dos desafortunados” ou “A porta do paraíso será dos carentes e necessitados”
A palavra sucesso e riqueza nunca foi valorizada em sociedades católicas e isto é cultura, dificilmente se muda cultura, não é um processo rápido, leva-se muito tempo para mudar um aspecto cultural e religioso e esta mudança precisa primeiramente ser identificada, quem vai falar abertamente sobre isto?
Os EUA, Inglaterra e Alemanha, tiveram seu processo cultural e religioso influenciado pelo protestantismo que prega o sucesso individual como algo fundamental em sua passagem pela terra e isto faz toda a diferença.
Nada é verdade absoluta nas relações humanas, entretanto considero o aspecto religioso como fundamental na educação assistencialista que vivemos na América Latina, até enxergo a visão católica da vida com muita semelhança ao comunismo. “todos são iguais”, “Deus lhe proverá de tudo com fé”, “ no paraíso não haverá diferenças, todos seremos iguais perante Deus”. São ideias que destroem a força criativa de cada indivíduo na sua busca pelo sucesso e o paraíso se parece muito com os ideias comunistas e assistencialistas.
Portanto o desenvolvimento da educação vem da necessidade individual de querer sucesso, de buscar enriquecer e não o contrário. Antes de melhorar a educação temos que mudar a cultura vigente que é totalmente assistencial. As pessoas só irão buscar o sucesso se este for recompensador. Estimular a riqueza empreendedora impulsionará do toda a sociedade, e isto infelizmente só é possível com menos estado e mais liberdade econômica. Por causa de nossa cultura e religião não é isto que os brasileiros e latinos querem.
AQUILO QUE O POVO QUER, NÃO É AQUILO QUE ELE PRECISA.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

As Aventuras de João



Em uma vez um marido exemplar que morava numa grande cidade, no centro do mundo, seu nome era João, sua vida era trabalhar e cuidar da família, na verdade sua vida era bem atarefada, vivia entretido com sua rotina diária de afazeres no trabalho e com sua família a noite.
João tinha uma rotina tão bem definida que não lhe sobrava tempo para mais nada, muitas vezes pensava nas viagens que queria fazer, nas aventuras inexploradas, nos desejos particulares e sonhos ainda não realizados, mas sua vida não lhe permitia, tinha muitas responsabilidades, e elas ocupavam praticamente todo o seu tempo.
Dentro deste contexto de rotinas intensas, sua vida se tornou muito racional, o cotidiano funcionava sem ele precisar pensar muito, seu inconsciente já fazia suas tarefas, muitas vezes, sem nem ele mesmo ter consciência do que estava fazendo. A rotina impôs a ele uma vida onde suas emoções foram reprimidas e quase esquecidas.
Um dia aconteceu algo que paralisou sua vida e que o abalou, estes momentos são marcos em muitas vidas, em outras são apenas passagens, mas João sentiu o baque, desta vez o abateu profundamente.
Acordou bem cedo, deu beijos nas duas filhas lindas e amorosas, e em sua esposa e partiu para o trabalho. Naquele dia nevava muito, ele morava nos arredores da cidade e diariamente tinha que perfazer um trajeto de aproximadamente 20km até o centro da cidade onde ficava, durante o trajeto seu carro derrapou e ele foi arremessado para fora da estrada abruptamente.
Até hoje ele não sabe exatamente o que aconteceu, mas no segundo seguinte ele estava sentado ao lado de uma velhinha muito abatida que em silencio aguardava algo acontecer em frente a uma porta branca. Ficaram assim durante uns bons 30 minutos, como a senhora não tirava os olhos da porta ele esperou até acontecer algo, após este tempo ele ficou intrigado com tudo que tinha acontecido e perguntou o que era aquilo tudo e o que estavam fazendo ali.
Então a senhora o olhou profundamente e disse:
- sabe eu não sei o que você está fazendo aqui ao meu lado mas me pediram para aguardar um anjo entrar pela aquela porta e me contar o que devo fazer de minha vida lá na terra, tenho muito medo de viver, tenho medo de tudo, vou a igreja diariamente e pedi a Deus em meus sonhos que me mostrasse um caminho ou me trouxesse para junto dele.
João achou aquilo tudo muito estranho, não acreditava em Deus, mas achou intrigante a história da senhora e continuou ouvindo:
- tenho uma vida na terra que não me traz mais alegrias, vivi honestamente toda a minha vida, trabalhei, criei 3 filhos, nunca trai meu marido, nunca o amei mas sempre o respeitei, minha vida foi marcada pela rotina e nunca tive tempo para mim, acho que era feliz. Mas a monotonia me deixou sem esperanças e depois de tanto tempo não queria mais viver, me sentia sozinha ao redor de pessoas que estavam mais interessadas nos seus próprios problemas. Perdi a vontade de viver.
Neste momento João sentiu uma grande semelhança em sua vida e começou a questionar e comparar com seu momento: será que ele amava mesmo sua esposa, ou teria casado por conveniência, ele gostava mesmo de seu trabalho, ou era uma fuga para esquecer seus sonhos (sabe, viver nossos sonhos demandam muita coragem e determinação, isto cansa muito). Na verdade ele não sabia quais eram seus sonhos, ele não tinha tempo para sentir o mundo a sua volta, sem isto jamais se conheceria de verdade. Vivia uma vida padrão para ser aceito, não importando o que ele realmente queria.
Sua vida racional, rotineira e padrão o fazia esquecer de viver, ocupava o tempo com isto e aos poucos fugia de si mesmo, deixava de curtir suas emoções, desejos e sonhos e assim a rotina o tornava mais um robô, autômato, que repete o comportamento geral.
João sentiu neste momento uma angustia muito grande, passou sua vida ouvindo sua razão, inibiu suas emoções como pode, então percebeu algo que o mudaria para sempre, se ele tivesse outra chance, ouviria mais seus sentimentos, pois somente através deles conseguiria desvendar seus sonhos, neste momento ouviu uma voz no além: -sem vivermos nossos sentimentos jamais poderemos nos conhecer, seja feliz ou triste, ame ou tenha raiva, alegre-se ou chore, sinta o mundo João. Esta frase o marcou muito.
Após esta reflexão João foi acordado por um policial a beira da estrada, tinha batido numa arvores e teria ficado inconsciente por 1 hora. E agora João, o que será de sua vida? Teve um sonho louco, não diria divino, mas que o colocou em conflito com a vida que levava. Terá João coragem para viver seus sonhos? Viver intensamente seus sentimentos?
João percebeu outra coisa, sua vida era cinzenta, sua rotina o afastava de si mesmo e a história que tinha escrito até aquele momento não tinha as cores que gostaria de pintar, ele queria, no fundo, lambuzar-se todo com todas as cores que pudesse, queria pintar sua vida com as emoções pois sem elas jamais se conheceria de verdade.
Seja bem-vindo João a um mundo novo, cheio de possibilidades, sem caminhos certos a seguir, mas com páginas em branco para preenchê-las da forma que quiser, coragem para viver suas emoções, elas são a porta para transformar o mundo a nossa volta.
O MUNDO É A REPRESENTAÇÃO DE NOSSAS VONTADES.