Elegemos um mito em 2002 e estamos prestes a eleger outro.
Façamos uma reflexão em caso do segundo também alcançar o poder.
Ambos foram alçados a condição de Mito, se não lembram Lula
teve 66% dos votos no 2º turno, eleito sobre o slogan da esperança, qual a
bandeira do novo mito mesmo? Esperança do diferente, de não fazer parte do
corpo político brasileiro, alguma diferença entre eles?
Ambos tinham como qualidades a honestidade, para os que não
lembram não se tinha nada contra Lula, tinha uma biografia impecável, mas tinha
um extenso currículo político, igualzinho ao mito atual. O fazer diferente e
com honestidade são slogans de ambos.
Ambos não tinham representação política, tanto o PT na época
quanto o PSL atualmente não tinham poder para governar e foram (ou serão) eleitos
para governar sem apoio do legislativo. Sabemos no que deu em 2002.
Ambos tinham eleitores exaltados, nervosos e intransigentes como
se estivessem defendendo um “Deus”. Temos 5 mil anos de história humana documentada
e sabemos como acabam os elevados a Deuses no poder. Guerras, conflitos, violência,
imposição de vontades não são nada quando se acredita em algo superior, os
homens se sentem entorpecidos com ideais, quando têm um ideal para viver, em
grupo, são capazes de qualquer coisa. Mera coincidência com a realidade, não?
Ambos tinham seus nomes elevados como se fossem a ultima
esperança, a ultima fronteira e solução para tudo, como se um governante ou
algum governo sequer na história humana tivesse o poder de mudar a vida
individual das pessoas. Cuidado se você está delegando sua felicidade a outro,
está transferindo a responsabilidade sobre sua vida e seu sucesso. Não são governos
que mudam o rumo de um país, são cidadão conscientes que mudam o rumo de
estados, estamos invertendo as coisas, ou não?
Cuidado com as certezas que uma ideologia pode te levar
acreditar, só peço um pouco de razão em nossas escolhas.
É um perigo elevarmos governantes a Deuses. Quando falta a
razão, qualquer coisa pode ser colocada no lugar. Pensem nisto.