segunda-feira, 23 de setembro de 2019

TEMPOS DIFÍCEIS

Publicada em 24/10/18

Paneladas, gritos, agressões, Fake News, mentiras, manifestações de ódio e de hipocrisia, vimos de tudo nestes últimos meses. Passado o 1 turno da eleição nos colocaram a escolher entre a Cruz e a Espada.
Estamos a 4 dias de escolher entre nossa liberdade financeira e a liberdade de nossas vidas.
O país enganado pelo ódio ao Petismo, totalmente compreensivo, vai colocar no poder um inepto, totalmente controlado pelas forças armadas. Para quem não estudou história, em 1964, milhões foram as ruas, comandados por um padre, dar apoio aos militares com bandeiras escritas de: Família, Pátria e Deus. Mera coincidência, não?
Nos fizeram esquecer do candidato Bolsonaro, ninguém sabe quem ele é, ninguém sabe no que é capaz de fazer ou não fazer. Só se sabe que ele é o ANTI-PT. Basta.
Não se enganem, teremos 4 anos de um governo militar, dos 15 ministérios esperados já foram anunciados 7 militares. Não questiono a capacidade deles, mas foram treinados para guerra, não estão acostumados ao contraditório. Não estão mais velando suas intenções, estão dizendo para todos: os militares vão assumir o poder.
Para quem não entende bem isto, estamos entrando numa era de ameaças, de perdas de liberdade individual, de fim da liberdade de expressão e de repressão, foram treinados para isto, não sabem como reagir de outra maneira a uma derrota num congresso, por exemplo. O vice já disse que vão governar em nome do povo e não do congresso, ora, quem é o congresso num estado democrático?
Realmente não podemos colocar o PT novamente no poder, por inúmeras razões, mas é bom deixar claro que a opção apresentada do Antipetismo, colocada ai por 46% do votos, foi a pior possível.
O que fazer diante disto? Não sei, temos os 2 piores candidatos da história de uma democracia nova como a nossa e qualquer um dos caminhos será árduo, complexo e sujo.
Em prol de uma liberdade econômica, estaremos abrindo mão de nossa liberdade individual.
Votando em Bolsonaro estaremos vendendo nossa alma ao Diabo para fugir de um satanás.
Tempos difíceis.

Save the Planet, not the humans


Temos vividos tempos de debates intensos sobre o tal aquecimento global, sobre o pulmão do mundo, a Amazônia, ferozes são os adeptos de ambos os lados, que travam um debate intenso, com distorções de dados científicos para todos os lados, mas todos focados na sobrevivência das futuras gerações humanas sobre este planeta chamado Terra.
Desde os primórdios o Ser Humano teve uma relação, com a fauna e flora do planeta, de muito respeito e convivência pacífica, pois sempre se enxergou como parte do ecossistema e da natureza, tribos antigas sempre tiveram uma relação de convivência harmônica colocando a preservação de outros animais, assim como da flora, como algo importante para sua própria sobrevivência. Percebemos isto em todos os estudos sobre sociedades antigas baseadas em atividades de caçadores-coletores que exercemos durante milhares de anos.
Isto ocorreu até a elevação do ser humano a potência de um Deus, a partir do momento que nos enxergamos como criação principal de um único Deus maior, criados a imagem e semelhança deste, nos tornamos importantes demais para respeitarmos o que quer que seja neste universo. O que importa agora é a sobrevivência dos filhos de Deus, pouco importa a vida de outros seres vivos, tudo a nossa volta foi feito para nosso deleite, para nosso desfrute, para nos servir.
Este nova imagem do mundo e do papel do Ser Humano nos trouxe um novo mundo e mudou para sempre nossa espécie. Não só nossa relação com a natureza mudou, mas principalmente nossas relações entre si, nosso “eu”, nossa sociedade e nossa concepção de mundo. Todo um novo mundo foi descoberto e a soberba humana foi elevada a um grau jamais imaginado.
Nossa visão de que fazermos parte de algo maior acabou, agora somos os donos.
Toda a nossa discussão sobre se existe ou não aquecimento global, se devemos ou não preservar a Amazônia, parte de um único ponto principal: a sobrevivência humana. Nada mais importa contanto que sobrevivamos. Claro, somos os únicos donos deste mundo que foi criado unicamente para a vida dos descendentes de Adão e Eva.
Esta visão permeia o debate global e não nos permite entender como funciona todo o ecossistema terrestre, nem como esta visão se torna míope e extremamente egoísta em relação a tudo que estamos fazendo com nosso planeta.
A moral humana só existe enquanto o Homem é o centro, nada mais importa.
Inúmeros seres vivos foram extintos nos últimos séculos, inúmeros, mas isto pouco importa, não precisamos deles para sobreviver, enquanto animais selvagens estes não geram provento econômico a raça humana. Inúmeros ambientes vegetais também foram dizimados, já que enquanto floresta ou terra inabitáveis aos humanos, têm pouca importância. Arvores, rios, terras pouco amigáveis ao animal humano, são, em si mesmas, desperdícios de recursos naturais sem geração de riqueza e desenvolvimento humano, portanto devem ser exploradas em prol das comunidades humanas ali existente.
Este visão mecanicista da natureza e por que não, antropocentrista, torna frágil qualquer discussão atual sobre o tema e, no mínimo, pobre em argumentos de ambos os lados. O debate agora se tornou ideológico, vejam só, direta x esquerda, mas sempre com o foco no poder humano sobre tudo. Não estamos preocupados com o planeta ou com a Amazônia, não estamos preocupados com outros animais, pouco nos importamos com árvores ou o resto da vida por aqui. Queremos saber se podemos sobreviver, nisto a tecnologia nos entorpece de saídas e nos fornece alívio. A ciência sempre nos salva.
Ora, quão rico de virtudes são os seres humanos, eles são sempre a resposta para todas as suas perguntas. São a verdade em si, tudo só existe mesmo dentro de sua ideia de universo, não é Descartes (René)?
Save the humans

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Sobre Brumadinho e o papel do estado

Eu discordo de quase tudo que venho lendo sobre a tragédia de Brumadinho. Parece que a impressa e a opinião publica estão mais interessadas em achar um culpado que realmente descobrir um meio para que isto jamais ocorra novamente.
Na verdade, este episódio em muito se parece com o problema da segurança publica no Brasil. A imprensa, assim como a população pedem e repetem o jargão, de que há falta policiamento nas ruas, que não temos policiais suficientes e blá, blá, blá, quando na verdade não sabem ou tem preguiça de pensar um pouco para entender o problema como um todo.
Segurança, assim como fiscalização de obras, auditorias do fisco, ou seja, todo o complexo sistema de regulação e fiscalização de um governo não deve se dá por um processo ostensivo, que exige milhões de formulários, preenchimentos de guias, autorizações de todo tipo e muita, muita burocracia mesmo. É isto que queremos no caso da mineração? É isto que queremos quando vamos construir uma casa, montar um negócio? Não e nem precisamos disto.
O sistema burocrático que permeia todo um funcionalismo público brasileiro cria a perversa ideia de que o estado é responsável por tudo e que ele deve ser o indutor de tudo numa sociedade, este modelo está falido, nunca funcionou e jamais funcionará justamente porque o estado teria que ser grande demais e sufocaria toda sociedade. Esta ideia está totalmente equivocada e não parte de princípios de uma sociedade realmente livre e responsável.
Isto vale também nos aspectos familiares, quando nossos filhos querem ir a uma festa, pedimos a lista dos convidados, ligamos para os amigos, exigimos formulários a eles sobre o evento e etc., etc., etc.? Não é assim que as coisas funcionam, nem devem funcionar.
Liberdade gera responsabilidade. O que precisamos criar são leis duras, gerar o medo da punibilidade severa em caso de descumprimentos de regulações e normas e fazer com que as pessoas e as empresas criem seu senso de responsabilidade para com seus atos, assim como fazemos com nossos filhos.
Sei que muitos vão me criticar pelo excesso de confiança nos empresários e nos brasileiros, mas isto funciona, é assim em praticamente todo o mundo desenvolvido. Não existem muitos fiscais, não existe burocracia, existe sim, leis rígidas e duras e a certeza da punibilidade em caso de descumprimento desta.
Não precisamos de muitos policiais nas ruas, nem de muitos fiscais da receita federal, nem de aumentar o quadro da agência reguladora de mineração. Precisamos criar um ambiente de certeza de punibilidade em caso de descumprimento, a sensação desta, cria o medo e a vontade de andar corretamente. Sabemos que é impossível colocar um PM em cada esquina do país para acabar com os crimes, mas se investirmos na investigação, no pós crime, na certeza de que todo crime cometido será apurado, investigado e severamente punido, como acontece em vários países, o criminoso começará a pensar 3 vezes antes de cometer um crime, e não precisaremos de polícia ostensiva.
Espero sinceramente que este episódio não traga mais burocracia, mais funcionários públicos, mais requerimentos, mais autorizações, mais estado, pois este não é o caminho. Não queremos mais estado, queremos mais liberdade e punibilidade severa para quem não cumprir as regras estabelecidas.