Se realmente somos programados para morrer, se escaparmos de todas as outras formas de morte, quando chega a hora, morremos. Uma pergunta tem sido objeto de estudo no meio científico: porque envelhecemos? Porque apenas as células reprodutivas mantêm o potencial para a imortalidade enquanto todas as outras células, chamadas somáticas, envelhecem e perdem ao longo do tempo parte de seu DNA?
Dentre as muitas teorias sobre porque as células envelhecem, apenas duas são objetos de estudos atualmente:
1. Escola de pensamento “Catastrofista”: nesta escola acredita-se que à medida que as células param de se dividir, quando atingimos a maturidade física, a síntese das varias moléculas diminui muito, e começam a perde a capacidade de se reproduzir adequadamente, gerando cópias irregulares, incapazes de executar as tarefas vitais para sua sobrevivência;
2. Escola de pensamento “Programadores Genéticos”: percebe-se que diferentes estágios do nosso crescimento e desenvolvimento são programados e são irreversíveis, porque a morte das células também não seria? Os pensadores desta escola argumentam que se fosse uma questão de partes se desgastando, o que explicaria as enormes diferenças na expectativa de vida dos organismos pluricelulares, todos basicamente feitos do mesmo material molecular? Não existem diferenças reais entre as proteínas de um camundongo e de um ser humano. Porque um vive três anos e outro oitenta?
Na verdade as duas escolas têm argumentos sólidos e possuem provas convincentes, por isto acredita-se que as duas estão certas. As células realmente sofrem desgastes na reposição e reconstrução de seu DNA ao longo dos anos, as células somáticas não possuem instrumentos de correção das mutações, as enzimas de reparos do DNA são muito mais ineficientes que nas células germinativas ou reprodutoras.
Também existem evidencias em favor da determinação genética. Por exemplo, gêmeos idênticos morrem em média com uma diferença de 36 meses, ou seja, sua expectativa de vida é muito parecida, em irmão que não são gêmeos o tempo médio entre as mortes é de 106 meses.
Dentro deste cenário, outra pergunta vem à tona, porque já que descendemos de células imortais como os seres unicelulares, nos tornamos mortais? A resposta parece ser que todas as células de um embrião humano em crescimento retêm a propriedade da imortalidade, porém quando o embrião começa a sofrer as especializações ou diferenciação das células que dão origem aos órgãos e tecidos do indivíduo, todas estas células tornam-se mortais.
A idéia de a mortalidade ser geneticamente programada é importantíssima, pois, neste caso, poderíamos alterar este processo conhecendo os mecanismos.
Somos mortais porque é vantajoso, os seres precisam sofrer mutações para melhor se adaptarem ao meio (lembram-se da teoria da evolução das espécies).
Bem, este assunto está começando a se tornar interessante e levando a algumas perguntas:
Poderíamos alterar a programação de morte em nossa DNA e nos tornarmos imortais?
Quais os efeitos disto na natureza, já que bloquearíamos um processo natural de adaptabilidade sobre as alterações do meio ambiente?
Existem seres imortais (seres unicelulares), porque não poderíamos também ser? A morte não é um co-requisito automático da vida.
História: liga criada em 1780, por Henriette Herz na Alemanha com o propósito da virtude e produto das idéias iluministas, pregava a igualdade de todos os seres humanos. Era um local onde intelectuais se reuniam uma vez por semana para falar sobre Deus, política e sobre seus sentimentos. Re-criada em 13 de março de 2009 em Salvador, Brasil, para a expressão livre de pensamento baseada na razão.
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