Algumas perguntas têm intrigado os cientistas: porque a célula morre? Existiria alguma coisa inerente na natureza da vida que requer que todos os seres vivos morram?
Como relatado nos artigos anteriores certos os seres unicelulares como bactérias e amebas não possuem mecanismos de morte em seu interior, portanto somente podem morrer a causas acidentais. Então a morte não é inextricavelmente entretecida com a definição de vida. O ser humano, assim como todos os seres pluricelulares, deve morrer e há muitos mecanismos em nós para que morramos com toda certeza.
Parece que a morte que não pode ser evitada, ou morte programada, ou senescência, surgiu a partir dos primeiros organismos pluricelulares, estes seres apareceram quando a atmosfera começou a ser amplamente destruída pelo oxigênio, este gás é extremamente corrosivo e mortal. Isto fez surgir formas mais complexa de vida que pudessem sobreviver à mudança climática, este seriam os primeiro seres pluricelulares, estes seres tinham a capacidade de atribuir funções biológicas específicas a cada tipo de célula, atingindo também tamanho maior e capacidade maior de sobrevivência num mundo em transformação.
A morte programada fez sua aparição justamente neste período quando os primeiro seres pluricelulares começaram a reprodução sexuada. Neste momento uma pergunta ficou no ar: porque o sexo rapidamente se tornou a forma dominante de reprodução, já que antes a reprodução era assexuada, ou por fissão das células? A teoria mais aceita no momento e que acho mais adequada seria que o sexo produz variação genética na espécie trazendo uma maior adaptação das mesmas ao ambiente externo em transformação, ou seja, o início da evolução das espécies e seleção natural.
Uma segunda vantagem da reprodução sexuada é o reparo ou eliminação de erros genéticos, como os genes são misturados e redistribuídos aleatoriamente na descendência, reduzia-se assim o numero de cópias “ruins” do gene que flutuam pela população.
Outro ponto importante é que neste momento os seres pluricelulares passaram a ter células exclusivamente para reprodução, chamadas de germinativas, diferentemente de todas as outras células chamadas de somáticas. Estas células têm poder de se auto-corrigir mantendo seu DNA praticamente intacto por todo vida, já as células somáticas perdem parte do seu DNA com o tempo fazendo com que morram.
A morte pode não ser necessária para a vida, mas parece que a morte programada é necessária para que vejamos toda a vantagem biológica do sexo como parte da reprodução.
Que coisa, o sexo nos trouxe a morte.
História: liga criada em 1780, por Henriette Herz na Alemanha com o propósito da virtude e produto das idéias iluministas, pregava a igualdade de todos os seres humanos. Era um local onde intelectuais se reuniam uma vez por semana para falar sobre Deus, política e sobre seus sentimentos. Re-criada em 13 de março de 2009 em Salvador, Brasil, para a expressão livre de pensamento baseada na razão.
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O sexo nos trouxe a morte? É uma visão bem pessimista da evolução das espécies...
ResponderExcluirAinda acho o tema vida muito mais interessante. Acredito que o se o desconhecido é desconhecido é porque assim que deve ser. Ou seja, se a gente tivesse que saber se tivemos ou não outras vidas, se teremos outra após a morte ou até quando vamos morrer, saberíamos.
No entanto não sabemos. Então, porque se preocupar com isso ao invés de simplesmente viver??