A filosofia de Nietzsche procura mostrar que os valores são criados por nossa sociedade historicamente, e que eles definem-se nas relações sociais, diferentemente da filosofia metafísica que cria o mundo das essências. Ele mostra como a filosofia ocidental tradicional, vencedora, montada sobre os pensamentos de Sócrates e Platão e continuada pelo cristianismo inverteram a relação dos homens com os valores, de criadores passaram a criaturas, tornaram-se reféns dos valores da moral cristã.
Neste sentido, a saída desse estado de fraqueza no qual mergulhou o homem ocidental é apontada a partir de uma perspectiva que se situe para dos valores vigentes. Entretanto, posicionar-se além destes valores significa tomar consciência de que o homem é o criador dos valores, de que sua essência é a vontade de potência e desta todos os valores são criados. Viver além disto aponta para a emergência de um novo homem, designado por Nietzsche de super-homem.
O super-homem exercita sua vontade de potência e deseja o eterno retorno. Demonstra aqui o apego do homem à vida na terra em contraposição ao ideal platônico, através deste o homem negava sua própria existência, enfraquecia-se, pois deslocava toda sua energia, toda sua força para a mortificação, para o alcance de outra vida em um mundo superior, do além.
Assim sendo, percebemos que Nietzsche escreve procurando fugir do conceito, de uma filosofia racional, de uma filosofia metafísica. Por meio dessa construção ele aponta que na fase do camelo o espírito só encontra ‘tu deves’. Aqui o peso da moral tradicional domina o homem por completo. Mas, nesta reação ao que está posto e que nega a própria existência do homem, uma segunda fase se aproxima e o leão representa o esforço para conquistar o direito a liberdade de poder criar valor.
O camelo é caracterizado como aquele que carrega o grande fardo por não ter a coragem de se rebelar contra as condições que lhe são impostas pelo mundo que o cerca. Já o leão ocupa, de certa forma, um lugar um pouco mais privilegiado por ter características transformadoras no sentido de que ele cria espaço para se fazer algo novo ao se rebelar contra a situação vigente, mas, apesar dessa liberdade transformadora, é incapaz de criar novos valores.
O leão ainda não pode criar valor, ele ainda escuta a cultura se impondo e dizendo que todo o valor já fora criado. O leão representa a força e luta afirmando ‘eu quero’ criar valor. Conquistada tal liberdade, uma terceira fase se aproxima, trata-se da fase da criança. Esta indica o esquecimento.
A criança constitui um novo começo, aqui não há mais nada a destruir, não há mais nada a negar, só resta dizer sim, afirmar a vida, criar valor e desprezá-lo. Aqui não há mais submissão, o homem se assumiu enquanto criador. Tal posição assumida implica numa nova vida.
O espírito de criança é a claridade, a transparência, a inocência, o começar de novo a cada instante desafiador, um quebra-cabeças que vai se completando de forma constante no decorrer dos dias. E acima de tudo é criatividade, é um jogo do criar diante das situações cotidianas. Quando o espírito consegue atingir a condição de
ser criança pode-se dizer que ele conseguiu escalar vários degraus na esfera do entendimento humano
Neste sentido, a saída desse estado de fraqueza no qual mergulhou o homem ocidental é apontada a partir de uma perspectiva que se situe para dos valores vigentes. Entretanto, posicionar-se além destes valores significa tomar consciência de que o homem é o criador dos valores, de que sua essência é a vontade de potência e desta todos os valores são criados. Viver além disto aponta para a emergência de um novo homem, designado por Nietzsche de super-homem.
O super-homem exercita sua vontade de potência e deseja o eterno retorno. Demonstra aqui o apego do homem à vida na terra em contraposição ao ideal platônico, através deste o homem negava sua própria existência, enfraquecia-se, pois deslocava toda sua energia, toda sua força para a mortificação, para o alcance de outra vida em um mundo superior, do além.
Assim sendo, percebemos que Nietzsche escreve procurando fugir do conceito, de uma filosofia racional, de uma filosofia metafísica. Por meio dessa construção ele aponta que na fase do camelo o espírito só encontra ‘tu deves’. Aqui o peso da moral tradicional domina o homem por completo. Mas, nesta reação ao que está posto e que nega a própria existência do homem, uma segunda fase se aproxima e o leão representa o esforço para conquistar o direito a liberdade de poder criar valor.
O camelo é caracterizado como aquele que carrega o grande fardo por não ter a coragem de se rebelar contra as condições que lhe são impostas pelo mundo que o cerca. Já o leão ocupa, de certa forma, um lugar um pouco mais privilegiado por ter características transformadoras no sentido de que ele cria espaço para se fazer algo novo ao se rebelar contra a situação vigente, mas, apesar dessa liberdade transformadora, é incapaz de criar novos valores.
O leão ainda não pode criar valor, ele ainda escuta a cultura se impondo e dizendo que todo o valor já fora criado. O leão representa a força e luta afirmando ‘eu quero’ criar valor. Conquistada tal liberdade, uma terceira fase se aproxima, trata-se da fase da criança. Esta indica o esquecimento.
A criança constitui um novo começo, aqui não há mais nada a destruir, não há mais nada a negar, só resta dizer sim, afirmar a vida, criar valor e desprezá-lo. Aqui não há mais submissão, o homem se assumiu enquanto criador. Tal posição assumida implica numa nova vida.
O espírito de criança é a claridade, a transparência, a inocência, o começar de novo a cada instante desafiador, um quebra-cabeças que vai se completando de forma constante no decorrer dos dias. E acima de tudo é criatividade, é um jogo do criar diante das situações cotidianas. Quando o espírito consegue atingir a condição de
ser criança pode-se dizer que ele conseguiu escalar vários degraus na esfera do entendimento humano
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