segunda-feira, 16 de março de 2009

Novas idéias

Fiquei muito feliz ao participar do XI Encontro Nacional de Filosofia. Encontrei tantas pessoas buscando o aprofundamento das questões filosóficas, foi realmente gratificante. Mas algo tem me deixado inquieto.

Acho que os acadêmicos têm procurado demasiadamente aprofundar questões levantadas por filósofos passados. São questões muito relevantes, mas formuladas por indivíduos em épocas remotas e com idéias de um mundo diferente do atual.

A filosofia, atualmente, encontra na ciência um aliado importantíssimo. Não podemos mais viver questionando a física aristotélica, vivemos numa realidade diferente. Considero que a filosofia atual deve ser baseada nas descobertas científicas atuais, na qual podemos imaginar e criar milhões de idéias originais e novas.

Não tiro a importância de nossos antecessores, claro que não. Muito do que foi escrito é importante até hoje e talvez para sempre, mas não tenho visto trabalhos inovadores, apenas críticas a trabalhos já realizados.

A ciência descobre a cada dia teorias e realidades diferentes e novas, então porque a filosofia também não pode buscar. Não temos nestes últimos anos grandes inovações filosóficas, acho que isto deve mudar. Temos que voltar a nos deslumbrarmos com a observação da vida e da realidade em que vivemos hoje.

3 comentários:

  1. Descobri por acaso esse blog recém-nascido. Gostei da idéia. Filosofem mais meus caros.
    Agora, a idéia da formatura no ferri... me acabei de rir! Isso foi sério? Fiquei imaginando uma banda de axé e convidados que detestam axé sem poder sair: solução- levem seus i-pods? levem seus próprios botes salva-vidas? joguem-se no wisky? joguem-se ao mar!!!
    Que idéia! kkkkkkkkkkkk
    Filosofem mais.
    Abraços.

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  2. O Paradoxo entre o ser e o estar

    A preocupação do ser humano, a cada dia que passa, torna-se mais voltada para o "estar". É conflitante a realidade de quem somos com o que buscamos parecer ser. A inversão de valores leva o ser humano ao foco quase obsessivo em obter aceitação pela sociedade, perdendo espaço a expressão e o conhecimento do seu verdadeiro "ser". Aparentar, muitas vezes, é melhor do que mostrar todos os caprichos e confusões que habitam nossas almas. Observamos casos onde isto acontece e, infelizmente, atingindo a mais tenra idade. Crianças absorvem este deturpado conceito de ser humano. Com maquiagens, batons e roupas adultas, o que me causa espanto não é o lúdico e sim o interesse latente em muitas delas em parecerem-se "melhores", "mais arrumadas", 'mais bonitas"… que os outros. Sem saber, no entanto, que a verdadeira beleza da criança está em seu interior, na simplicidade, no sorriso fácil, na verdade que seus atos carregam.

    Pensando sobre o motivo da nossa limitação filosófica nos períodos mais recentes da humanidade, não consigo pensar em outra hipótese que não seja: é mais legal parecer do que ser. Sendo assim, para quê pensar no que trazemos em nosso interior, se podemos simplesmente parecer e sermos “legais, “da hora”, “massa”, “irados”. Pensar em quem nós somos é trabalhoso e nem sempre agradável, pois para parecermos, às vezes é preciso negligenciar práticas de bom relacionamento, de honestidade, de respeito. Na verdade, nem mesmo queremos saber quem realmente somos, pode machucar. Intrigar-nos com nosso eu já é um risco, podem falar por aí que somos loucos. Loucura mesmo… é não saber quem somos.

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  3. Muito bem colocado Vinícius, a realidade é dura, as pessoas preferem viver na ilusão do que encarrar a realidade, por isto a religião é uma caminho, já que não querem pensar sobre isto, aceitam um pacote pronto. Aconselho assitirem novamente o filme Matriz 1, tem uma cena que um dos caras que foram libetados resolve trair e volta a Matriz, ele estava num restaurante conversando sobre volta a Matriz e diz: "sei que este bife não é real, mas prefiro sentir este gosto que comer todo dia aquela comida sem gosto do mundo real". Isto é fuga, fraqueza.

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