quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio + 20: O medo da verdade

E mais uma vez o homem busca uma solução para salvar o planeta, sempre na esperança de encontrar algum avanço tecnológico que resolva o problema que ele criou ou algum jeitinho para alterar seu modo de vida. No entanto precisamos deixar uma coisa bem clara, a culpa para o desequilíbrio da natureza não está no modo de vida humano, e sim na sua própria existência.
Buscando encontrar uma solução mágica para um problema cada vez mais iminente, o homem senta novamente em exaustivas reuniões, tentando encontrar uma solução, sempre pautando-se numa suposta alteração da consciência coletiva. O curioso é que as soluções, ditas sustentáveis, concluem que a esperança do planeta está ou no avanço tecnológico ou na alteração do modo de vida humano. Já falei anteriormente sobre isto, não existe desenvolvimento sustentável, é apenas uma palavra bonita para ganhar notoriedade. Qualquer ação humana para minimizar seu impacto na natureza será apenas mais uma ação para MINIMIZAR, e nunca acabar com a destruição causada pela ação humana.
O homem vive sempre na esperança, vivemos por esperança, sonhamos com a esperança, ou seja, vivemos fora da realidade. Enxergo a palavra esperança com a conotação de espera, já que, uma palavra deriva da outra, portanto esperança denota “espera por um milagre”. Nunca gostei desta palavra. Salvar o planeta tornou-se um desafio para a ciência, e desenvolvimento sustentável tem uma base muita sólida na esperança de um avanço tecnológico. Não enxergamos o óbvio: a natureza é muito mais complexa que a capacidade humana de reinventar-se, portanto nunca salvaremos o planeta, nem a nós mesmos.
A habilidade humana em se adaptar ao ecossistema e de modifica-lo é notável, a destruição natural provocada por ele, ou contrário do que muitos pensam é normal e perfeitamente compatível com as leis naturais. Todos os seres vivos são egoístas quando se trata de sua própria sobrevivência, portanto nada mais natural o homem explorar os recursos naturais visando sua própria existência. Qualquer animal na terra que não encontrasse predadores, como nós, se multiplicaria até a destruição dos outros seres vivos, isto é natural e perfeitamente compatível com as teorias de seleção natural de Darwin.
O problema e a solução para salvarmos o planeta é bem simples, muitos cientistas já perceberam isto, mas ninguém tem coragem de falar publicamente. O medo da verdade é enorme.
O animal humano tornou-se uma praga para o ecossistema global (é tão obvio isto), estamos em todos os cantos do planeta, destruímos o habitat dos outros animais, utilizamos os recursos naturais para nossa sobrevivência e não nos importamos com a flora e a fauna, pois isto não nos diz respeito. Agimos de forma natural como todos os outros seres vivos, ou seja, nos preocupamos com nossa própria existência. Alguns intelectuais procuram em vão, através de reuniões, congressos e etc., que a ética e a moral humana mude, alterando assim o curso programado em seu DNA, ora, quanta ilusão.
O homem não age de forma consciente em 99% de suas ações, agimos de forma comportamental, programada, portanto nossas ações correspondem, na maioria dos casos, aos nossos instintos e a programação estabelecida para nossa espécie contida no nosso DNA. Quem ainda não percebeu isto, existem diversos estudos a respeito, alguns até já publicados em textos anteriores aqui no blog. Nossa parte consciente não é capaz de processar mais que 0,01% do que é percebido pelo cérebro. Porém, deixemos isto de lado, o fato é que não iremos mudar nosso comportamento natural, alguém poderia apontar em algum lugar do planeta onde o homem estabeleceu-se sem destruir parte da fauna e flora do local, apenas um exemplo?
A solução, como dito, é simples, precisamos diminuir a população humana com urgência, para isto precisamos estabelecer metas de controle populacional por país, afim de não acabar definitivamente com todos os recursos naturais do planeta. Precisamos fazer isto com urgência senão a natureza encontrará outras formas de impedir seu extermínio pelo parasita destruidor, o Ser Humano.

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