sexta-feira, 16 de setembro de 2011

11/09 – O Fim do Império Americano

Para aqueles pirados, assim como eu, que ainda insistem em ler meus textos, peço desculpas pela grande ausência. Estou num novo curso superior e fiquei sem tempo, entretanto segue mais um texto na linha crítica do blog. Boa leitura.
Não podia deixar de falar sobre este tema tão importante e tão comentado do ataque terrorista as torres gêmeas. O que é um ataque terrorista? Porque é tão temido e quais as razões para um ataque ao coração dos EUA? E como esta superpotência lidará com isto no futuro?
Um terrorista nada mais é que um soldado sem exército, um guerreiro sem armas. Enquanto um soldado faz parte de um exército, ele é uma peça num complexo sistema de força armadas, um terrorista é um soldado sem apoio, ele está praticamente sozinho contra seu inimigo. Temos que desmistificar um terrorista e analisá-lo racionalmente, um terrorista tem a mesma ideologia de soldados e de exércitos só que ele está sozinho, portanto não pode atacar o inimigo de peito aberto, precisa desenvolver técnicas de ataques à surdina, ou seja, de forma orquestrada. Nações poderosas temem um terrorista, pois não conseguem vê-lo, é uma guerra, talvez a única, que não enxergam o inimigo, dificílima de ser vencida. Mas para este é a única forma de resistência e luta contra uma ideologia dissidente.
Não defendo o terrorismo, apenas tento analisa-lo de forma imparcial, grupos minoritários não tem outra forma de se rebelar, não tem forças para enfrentar um inimigo com poder bélico tão superior, por isto precisam desenvolver técnicas de terrorismo, é como um animal acuado, precisa reagir, mas não tem como combater o inimigo de frente. Sempre existiu o terrorismo, grupos de esquerda em todo um mundo já utilizaram suas técnicas, inclusive nossa presidente. Defendo sim a guerra em muitos casos. Ou contrário de 99% das pessoas que se dizem contra a guerra, digo que a guerra é muito importante para manter os ideais perseguidos por nós. Sempre existirão pessoas que discordem de seu ponto de vista, nem sempre a guerra será a solução, mas quando um dos lados foge ao debate, em geral por se sentir inferiorizado (vale ressaltar que nunca, digo nunca, um ser humano aceitará sempre a imposição de ideias, não faz parte da natureza humana), irá partir para a briga e, no caso, para a guerra, se você não estiver preparado terá seus valores atingidos. A Paz não é um ato individual ou de uma das partes, todos no mundo precisariam concordar com ela. Ora, isto é impossível, não temos as mesmas idéias e ,em muitos casos, não concordamos com a opinião do outro e a guerra é inevitável. Revoluções são guerras, movimentos de greve são guerras, a luta pela sobrevivencia também é uma guerra, as relações humanas sempre serão cheias de conflitos e isto é necessário. A Guerra é um mal necessário a evolução da espécie humana, assim como o é em toda a vida animal e vegetal do nosso planeta. No caso de nações, o derrotado acaba perdendo sua ideologia para o vitorioso, portanto todas as nações precisam se manter forte belicamente, não podemos simplesmente acomodar e esperar para ser atacado.
No caso dos EUA, particularmente, a ideia da nação mais forte do mundo, que sempre matou em nome de sua ideologia, impôs ideias, corrompeu ditadores, destruiu países para manter seu poder, ser atacada me pareceu importante. Quando avaliamos os aspectos de uma guerra precisamos nos distanciar das perdas humanas e pensar nas consequências do fato. Neste caso houve uma forte ruptura no modelo global de forças após 11/09. O mundo não vê mais os EUA como um poder absoluto, outros países começaram a perceber que também podem vencer os EUA em todos os aspectos, não somente bélico, mas cultural, econômico, esportivo e etc. Entramos numa nova Era, muitos não perceberam ainda, porém o mundo encontra-se sem um comandante no momento, vivemos um momento de extrema incerteza, tempos assim, em geral, terminam numa guerra. Guerra reorganiza as coisas e estabelece um padrão. Foi assim na revolução francesa, na 1º e 2º guerras mundiais e em tantos outros episódios na história humana.
11/09 iniciou o declínio de mais um império, os EUA nunca mais terão a influencia no mundo como tinham antes daquela data, irão aos poucos perder influencia no cenário global.
Como será o mundo sem a influência de um país que para mal ou para o bem perseguia um ideal tão importante quando a liberdade, a democracia e os direitos humanos? Não vemos estes ideais consolidados em países como China, Rússia, Brasil ou Índia. Isto é preocupante, pois sem a disseminação destas ideias, naturalmente, o poder dos governos ficará sem o padrão global de democracia e liberdade e cada um, internamente, se sentirá tentado a estabelecer qualquer forma de governo que lhe convier. Um exemplo bastante claro disto é a China.
Bem vindo ao mundo de incertezas.

Um comentário:

  1. Cara, particularmente achei o texto maravilhoso! Antes de expressar meu ponto de vista a respeito, gostaria primeiro de parabenizá-lo pela ótima visão dos fatos, indiscutivelmente um belo ponto de vista! Bom... Só não concordo quando se explicita no texto um ponto de vista do suposto fim do Império, econômico, social, e cultural norte-americano, e mais precisamente estadunidense. Na verdade não concordo pelo simples fato desta suposta queda de império ser atribuída aos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, em minha opinião é fato que isso abalou não só os EUA, mas o mundo em si, e também que não houve nenhum abalo considerável, para considerarmos um fim do Império e da influência americana no mundo. Não acredito que a ascensão econômica chinesa tenha uma relevância em relação a uma ilusória superação aos EUA em vários âmbitos. Podemos considerar além de tudo que realmente, não existe império eterno, nem de uma nação, religião, ou seja, lá o que for, mas o domínio norte-americano no mundo não foi construído em pouco tempo, e um império não se dilui desta maneira como foi abordada no texto. Nenhum outro país emergente como os citados no texto tem reais condições de superar o domínio mundial americano em diversos termos, e não há nação ainda no mundo que tenha uma visão global como os americanos, um país que em termos sociais e de desenvolvimento e em um termo geral (o que é bem distinto apenas de um mero crescimento econômico, o que acontece necessariamente com os países em crescimento na atualidade)é um grande exemplo pro mundo, e não vejo outra nação pra assumir tal posto durante ainda muitos anos. E o questionamento final do texto aborda bem esta ideia, por exemplo, o que seria realmente do mundo sem toda a influência americana? Será que outro país, em uma possível superação, representaria o mundo em todos os termos relevantes para um crescimento social, cultural, político e em outros diversos pontos cruciais e importantes para o desenvolvimento humano? Pra finalizar... Queria deixar bem claro que minhas ideias não isentam importância de outras nações, todas elas assim como os EUA nós sabemos, possuem seu ponto máximo e seu ponto mais baixo, e até seu lado retrógrado, mas só quis ressaltar todos os pontos positivos e inexoráveis dos Estados Unidos da América perante o mundo como NAÇÃO!

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