Estudos epidemiológicos confirmam o que, há tempos, a mera observação já constatava: quanto menores as condições socioeconômicas das famílias brasileiras, maior o número de filhos. E o que o governo brasileiro faz para melhorar esta situação? Cria o Bolsa Família!! Um valor quase simbólico que é repassado às famílias de baixa renda, multiplicado pelo número de filhos, sendo que o número máximo era de 3 filhos por família para recebimento da bolsa. Deveria ser para não estimular o nascimento de mais filhos, contudo, desde setembro deste ano, o número de filhos beneficiados foi ampliado para 5 e como se não bastasse, a partir de novembro, gestantes de comprovada baixa renda, receberão um auxílio gestante durante os nove meses de gestação e, após o nascimento da criança, receberão o auxílio nutriz até o sexto mês de vida do bebê. Um absurdo!!
Sei que quem passa fome precisa de uma medida emergencial, mas quem passa fome não deveria estar “fazendo filhos”, muito menos cinco filhos. Não consigo enxergar essa política assistencialista brasileira de outra forma que não um grande incentivo à acomodação, além de um grande estímulo ao crescimento da população de baixa renda no país. Afinal, que futuro terão estas crianças criadas com 32 reais por mês da barriga da mãe até os quinze anos de idade? Estudando, ou melhor, frequentando escolas públicas indiscutivelmente incapazes de formar cidadãos capazes de enxergar além das fronteiras da pobreza e da ignorância.
Alguns podem pensar em redistribuição de renda, eu penso que é mera politicagem. Bolsa qualquer coisa gera popularidade, ganha o voto das massas e mantém esses eleitores na condição de marionetes. Por que não estimular o controle de natalidade? Por que não garantir vantagens às famílias de baixa renda com menos filhos, como na China? Provavelmente porque distribuir camisinhas e pílulas anticoncepcionais não agrade a todos, principalmente os mais religiosos. Conscientizar as pessoas não ganha votos, distribuir esmola sim (a quantia de 32 reais não pode receber outra denominação que não esta).
Sabemos que há muitas vagas de emprego no Brasil não preenchidas por falta de mão-de-obra. Por que não investir em qualificação, em educação e na geração de uma massa trabalhadora qualificada e melhor remunerada? Deveríamos lutar para formar, sim, uma massa que não se contente com esmolas e não se realize em eleger políticos analfabetos nos quais se sinta espelhada e representada. Não à bolsa acomodação!!!