segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Bolsa Acomodação

Estudos epidemiológicos confirmam o que, há tempos, a mera observação já constatava: quanto menores as condições socioeconômicas das famílias brasileiras, maior o número de filhos. E o que o governo brasileiro faz para melhorar esta situação? Cria o Bolsa Família!! Um valor quase simbólico que é repassado às famílias de baixa renda, multiplicado pelo número de filhos, sendo que o número máximo era de 3 filhos por família para recebimento da bolsa. Deveria ser para não estimular o nascimento de mais filhos, contudo, desde setembro deste ano, o número de filhos beneficiados foi ampliado para 5 e como se não bastasse, a partir de novembro, gestantes de comprovada baixa renda, receberão um auxílio gestante durante os nove meses de gestação  e, após o nascimento da criança, receberão o auxílio nutriz até o sexto mês de vida do bebê. Um absurdo!!
Sei que quem passa fome precisa de uma medida emergencial, mas quem passa fome não deveria estar “fazendo filhos”, muito menos cinco filhos. Não consigo enxergar essa política assistencialista brasileira de outra forma que não um grande incentivo à acomodação, além de um grande estímulo ao crescimento da população de baixa renda no país. Afinal, que futuro terão estas crianças criadas com 32 reais por mês da barriga da mãe até os quinze anos de idade? Estudando, ou melhor, frequentando  escolas públicas indiscutivelmente incapazes de formar cidadãos capazes de enxergar além das fronteiras da pobreza e da ignorância.
Alguns podem pensar em redistribuição de renda, eu penso que é mera politicagem. Bolsa qualquer coisa gera popularidade, ganha o voto das massas e mantém esses eleitores na condição de marionetes. Por que não estimular o controle de natalidade? Por que não garantir vantagens às famílias de baixa renda com menos filhos, como na China? Provavelmente porque distribuir camisinhas e pílulas anticoncepcionais não agrade a todos, principalmente os mais religiosos. Conscientizar as pessoas não ganha votos, distribuir esmola sim (a quantia de 32 reais não pode receber outra denominação que não esta).
Sabemos que há muitas vagas de emprego no Brasil não preenchidas por falta de mão-de-obra. Por que não investir em qualificação, em educação e na geração de uma massa trabalhadora qualificada e melhor remunerada? Deveríamos lutar para formar, sim, uma massa que não se contente com esmolas e não se realize em eleger políticos analfabetos nos quais se sinta espelhada e representada. Não à bolsa acomodação!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A ingenuidade das mentes universitárias brasileiras

Ser esquerda sempre foi “Cult” no Brasil, parece que é politicamente correto ser comunista, socialista e falar mal dos liberais. A esquerda sempre analisa os problemas propondo uma “causa”, um movimento, onde sempre existem culpados e vítimas. No caso, os culpados são os capitalistas e os liberais e a vítima é sempre o pobre ou a própria esquerda. A esquerda adora o culto da vitima, e pobre é sempre vitima, para toda forma de sucesso haverá sempre um fracassado, dizem eles.
A tradição esquerdista começou no século XIX com Karl Marx, sempre ele, sua base de pensamento é julgar toda forma de sucesso humano a partir do fracasso dos outros e propor um plano de salvação para os mais fracos ou perdedores. Dá até para entender no porque esta ideologia sempre foi bem recebida nas universidades, principalmente públicas, estes precisam propor algo diferente para explicar a condição humana (na verdade não querem enxergar o óbvio). No caso dos estudantes, eles estão começando suas vidas profissionais, nada mais normal que acharem-se os fracos do sistema. Querer ir ao encontro da ordem vigente e abraçar uma utopia também são tentadores a qualquer jovem estudante.
O problema da ideologia de esquerda é que utopias nunca são fáceis de serem implementadas. Em busca de um ideal espera-se corrigir e salvar toda a humanidade do caos, sem se preocupar em porque as coisas são como são. A realidade vira pessimismo e os otimistas sempre vencem. Os meios não importam para alcançar um bem maior. Até mesmo assassinatos, mortes e controle da liberdade individual valem para impor a utopia desejada e salvar a espécie humana.
Outro ponto importante é a ideia que para um vencer outro precisa perder. Marx foi muito ingênuo para propôs isto, talvez por não ter vivenciado os anos dourados do capitalismo. Esta tradição de soma zero é o principal refrão dos socialistas, quem vence ou obtém sucesso na vida é culpado, porque deixou outros pobres pelo caminho. Agora podemos entender e esclarecer a politica internacional antiamericana do PT. Grande erro, praticamente todos os países desenvolvidos presenciaram um aumento de suas rendas per capita propondo liberdade individual e de mercado, incentivando justamente o sucesso de cada um, cresceram e se tornaram exemplos atualmente de qualidade de vida e distribuição de renda. Enquanto os países socialistas amargaram piora em praticamente todos os índices de desenvolvimento econômico e humano e todos praticamente quebraram após a derrubada da URSS.
Estudantes querem destruir as coisas, a ordem vigente, o capitalismo, o governo, as ruas, muito bonito isto, esta fase faz parte de um momento único em nossas vidas, aquela rebeldia inconsequente de querer mudar tudo, mesmo sem saber o que por no lugar. Quando analisamos o mundo em que vivemos e percebemos no que o homem se transformou, tendemos mesmo para o pensamento de esquerda, pois precisamos encontrar outro meio para viver, odiamos no que nos transformamos e começamos a imaginar e criar alternativas. Assim a utopia toma lugar e nos entorpece de esperança. Todavia basta uma analise mais profunda da realidade para perceber que o homem é isto ai, não somos maravilhosos como pensamos quando criamos as utopias, por isto elas se perdem na história humana e acabam se transformando em tragédias enormes.
Difícil encarar a condição humana, somos o que somos e aceitar isto é muito mais prazeroso e otimista que a utopia da esperança destemida.